Líderes de torcidas organizadas do Cruzeiro foram detidos após uma arma de fogo ser encontrada junto de outros materiais em cinco ônibus nesta segunda-feira (14), na Barra Funda, zona oeste de São Paulo. A frota mineira estava a caminho do jogo entre Palmeiras e Cruzeiro, realizado no Allianz Parque, válido pela 19° rodada do Campeonato Brasileiro, marcado para às 19h. Já é procedimento da Polícia Militar, em específico do 2º Batalhão de Choque, realizar esse tipo de escolta e acompanhamento de ônibus de torcidas que se deslocam dentro do estado. A escolta teve início na rodovia Fernão Dias e seguiria até o estádio palmeirense. Porém, próximo à Marginal Tietê, as equipes realizaram a abordagem, e revista nos coletivos, que nem chegaram até o Allianz Parque. De acordo com a Polícia Militar, a última desavença entre as torcidas, rivais de longa data, ocorreu em setembro do ano passado em Minas Gerais. Na ocasião, torcedores palmeirenses foram emboscados pela organizada do time mineiro, sendo espancados durante o confronto. Por conta do histórico violento de encontros, agentes foram empenhados para realizar a escolta dos ônibus das torcidas organizadas cruzeirenses. Durante a vistoria, foram encontrados diversos objetos, nos cinco ônibus, que são utilizados em confrontos de torcidas. Um taco de beisebol, rojões, sinalizadores, um soco inglês, pedras, uma touca ninja e dois rádios comunicadores foram apreendidos. · Compartilhe esta notícia no Whatsapp · Compartilhe esta notícia no Telegram A PM também localizou um revólver calibre 38 com seis munições intactadas escondido no interior do aparelho de som de um dos coletivos. Ao todo, cerca de cinco torcidas do Cruzeiro foram paradas na avenida Educador Paulo Freire. A Máfia Azul, uma das principais organizada do clube, foi a responsável por levar em seu ônibus a arma de fogo. Seis líderes das organizadas foram detidos e encaminhados à delegacia. O restante foi determinado que retornassem à Minas Gerais. O caso foi encaminhado à 6ª DRADE (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) do DOPE (Departamento de Operações Policiais Estratégicas), onde foi instaurado um inquérito e os líderes das torcidas responderão por porte ilegal de arma de fogo. De acordo com o delegado César Saad, a polícia entrará com a suspensão e proibição dessa torcida vir a qualquer jogo no Estado de São Paulo. A investigação prossegue para que seja individualizada a conduta de quem efetivamente estava usando o armamento. Após prestarem depoimento, os homens foram liberados.Casos de violência e agressão marcam o mundo esportivo