Polícia encontra corpo que seria de Lucilene, em Porto Ferreira (SP)
Segundo a família da vítima, peça de roupa encontrada ao lado do corpo pertencia à empresária de 48 anos, desaparecida desde o fim de 2019
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
A Polícia Civil de Porto Ferreira, no interior de São Paulo, encontrou nesta quinta-feira (7) uma ossada que pertenceria à empresária Lucilene Maria Ferrari, de 48 anos, desaparecida desde a véspera do Natal do ano passado. As informações são da Record TV.
Os policiais responsáveis pela descoberta também localizaram uma peça de roupa ao lado da ossada. O material será examinado e os peritos também devem fazer testes de DNA para confirmar a identificação do cadáver. No entanto, a família de Lucilene teria reconhecido a vestimenta.
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O corpo, já em estado avançado de decomposição, foi localizado em uma das margens do Rio Mogi Guaçu. O crânio possuía a marca de uma fratura e a mão esquerda não foi encontrada. Lucilene, proprietária de um hotel na cidade situada a 266 km da capital paulista, é a única pessoa desaparecida na região.
O delegado Eduardo Henrique Palmeira Campos, que chefia as investigações, avalia que o tamanho e a compleição física indicam que o cadáver seja de uma pessoa do sexo feminino. O policial acredita que o crime esteja perto de ser desvendado.
"Houve uma convergência técnica e faltava realmente o corpo. As investigações prosseguem, até para termos a certeza absoluta. Para que essa família possa dar um enterro digno à sua ente querida", complementou o delegado Eduardo Henrique Palmeira Campos.
Autoria e motivação do crime
Em diligências anteriores efetuadas na tentativa de desvendar o paradeiro de Lucilene, cães farejadores da Polícia Militar teriam identificado o cheiro do companheiro da vítima, Vanderlei Meneses, no mesmo local onde o corpo foi localizado. Na época das buscas, a região havia sido alagada pelas chuvas.
A principal hipótese da polícia é que Lucilene tenha sido morta durante uma discussão com o marido, ocorrida dentro do hotel de sua propriedade, após ter descoberto uma traição do companheiro. A acusação foi rechaçada pelo suspeito, em entrevista exibida no programa Cidade Alerta.
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"Estou tranquilo. Não tenho nada a ver [com o crime]. Vim falar para tranquilizar a todos, meus familiares e amigos", disse o ex-marido da vítima, que chegou a ser detido por 60 dias durante o inquérito que apura o caso.
O advogado Roberto Guastelli, que representa a família da empresária, acredita que outras pessoas teriam participado da morte de Lucilene e que os indícios já levantados pelos investigadors sejam suficientes para levar o suspeito à prisão. "Ele vai manter a versão dele. Vamos lutar pela justiça e ele vai ser condenado", enfatizou o criminalista.