Polícia liberta vítima de sequestro e prende dois suspeitos na zona norte de São Paulo

Homem era de Campinas, no interior do estado, e estava sendo mantido em cativeiro em um barraco na capital paulista

São Paulo|Isabelle Gandolphi, da Agência Record

04/03/2023 - 08h46 (Atualizado em 15/02/2024 - 16h43)

A Polícia Militar resgatou uma vítima de sequestro e prendeu dois suspeitos na região do Jardim Peri, na zona norte de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (03).

Equipes do DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) de Campinas, no interior do estado, avisaram a PM da capital sobre um sequestro em que os criminosos estavam realizando transações bancárias da vítima, que estaria sendo mantida em cárcere.

Em operação conjunta, com informações da Polícia Civil, as viaturas da PM se deslocaram até a avenida Maria Antônia Martins, no Jardim Peri, por volta das 16h40.

No local, encontraram um homem que, num primeiro momento, negou envolvimento em qualquer ato ilícito. Porém, foi constatado que o dono da conta para onde estava sendo transferido o dinheiro da vítima sequestrada era de seu pai, que está doente e de cama.

‌

Foram encontrados vários cartões bancários e aparelhos celulares com o suspeito, que acabou confessando seu envolvimento, e admitindo que teria aberto a conta no nome do pai somente para receber dinheiro do crime.

Ele ainda apresentou, através de ligações e mensagens no WhatsApp, a negociação das quantias depositadas na referida conta, feitas diretamente com o segundo suspeito, e ainda o local onde se encontrariam para a entrega do dinheiro.

‌

Com isso, as equipes se deslocaram até o local combinado e prenderam o segundo suspeito em flagrante, que em nenhum momento negou seu envolvimento no crime.

Após as prisões, a polícia foi até a rua Pavão Mestre, no Sítio Botuquara, próximo ao Parque Taipas, também na zona norte da cidade, onde encontraram a vítima em um barraco.

O homem e os suspeitos presos foram levados ao DEIC de Campinas, onde o caso foi registrado como extorsão mediante sequestro.

O ano de 2022 foi marcado por uma sequência de golpes e, entre os principais, está o golpe do Pix. A ferramenta bancária que, desde 2020, permite transferências de dinheiro sem a cobrança de taxas, também fez com que o número de sequestros-relâmpagos no estado de São Paulo aumentasse. Nesse tipo de golpe, pessoas são enganadas por mensagens de WhatsApp ou telefone e acabam fazendo transferências. Há casos em que as vítimas são feitas reféns, o que causa trauma e pavor.

'O golpista do Tinder': como se proteger nos aplicativos de relacionamento?

A criatividade para realizar extorsões é tanta que, no início do ano, consumidores registraram o golpe da fruta, principalmente no Mercadão de São Paulo. O local, que é um dos pontos turísticos mais conhecidos de São Paulo, foi alvo de diversas denúncias por parte de consumidores que praticamente foram obrigados pelos vendedores a comprar as frutas, diante de ameaças, comportamentos agressivos e ofensivos ou ainda que pagaram valores errados inseridos nas máquinas de cartão de crédito e débito

No golpe do 0800, também ocorrido com frequência neste ano, os enganadores enviam um SMS para a vítima, dizendo que houve uma transação bancária de alto valor no cartão de crédito dela, e junto da mensagem, há um link que a pessoa pode acessar. Ao clicar no link, é aberto o aplicativo de chamadas do celular, com um número 0800 na tela. Quando a vítima liga para esse número, do outro lado da linha uma falsa atendente informa que é representante do banco e pega os dados do cartão dela, que é usado pelos golpistas

Não faça nenhum tipo de acordo verbal. Tudo deve estar oficialmente registrado em um contrato de locação

Mais antigo e conhecido que os demais, o golpe do boa noite, Cinderela vitima frequentadores de festas, baladas e outros eventos. As substâncias soníferas, discretamente postas em copos de vítimas, não têm cheiro, sabor nem cor e não demoram a surtir efeito. Uma vez desacordada, a pessoa tem seus pertences levados ou pode até ser sequestrada, a depender do caso

No golpe do falso ingresso, a vítima faz o pagamento do valor por meio de um site duvidoso, recebe o voucher com a confirmação da compra pelo email e somente no momento do acesso ao evento descobre que o QR Code obtido não funciona. Um grupo que simulava a venda de entradas para shows causou, em um só espetáculo, um prejuízo de R$ 300 mil

cartão de crédito, maquininha de cartão, pix, maquininha, pagamento, crédito, cartão de débito, cartão de crédito

Mensagens que oferecem propostas de emprego com salários de R$ 900 a R$ 4.000 por dia atraem vítimas ao golpe do emprego, também muito aplicado em 2022. Essas mensagens, que chegam via SMS, WhatsApp ou outras redes sociais, levam as vítimas a clicar nos links, direcionando-as a um site no qual preenchem dados pessoais de cadastro para os criminosos, ou ainda pior: o download direto de algum programa que acessa os aplicativos no celular e salva automaticamente as informações — inclusive bancárias

O ano de 2022 foi marcado por uma sequência de golpes e, entre os principais, está o golpe do Pix. A ferramenta bancária que, desde 2020, permite transferências de dinheiro sem a cobrança de taxas, também fez com que o número de sequestros-relâmpagos no estado de São Paulo aumentasse. Nesse tipo de golpe, pessoas são enganadas por mensagens de WhatsApp ou telefone e acabam fazendo transferências. Há casos em que as vítimas são feitas reféns, o que causa trauma e pavor.