Polícia prende suspeito de atropelar e matar 2 amigos há 6 anos
Crime aconteceu em novembro de 2012, em Itaquaquecetuba (Grande São Paulo). Jovem se apresentou no dia seguinte, foi liberado e fugiu
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
A Polícia Militar prendeu, na última quinta-feira (28), o jovem Caíque Souza Bonifácio, 26 anos. Ele estava foragido desde novembro de 2012, quando atropelou e matou dois amigos em Itaquaquecetuba, região metropolitana de São Paulo.
A polícia apurou que a briga entre os amigos começou quando Bonifácio ficou com ciúmes de uma brincadeira que o amigo fez com a namorada. O suspeito estava em um relacionamento com a ex da vítima, e a brincadeira teria sido feita na padaria do pai da garota.
Ainda de acordo com a polícia, Bonifácio utilizou um Corsa para atropelar os dois amigos, que caminhavam de costas para o veículo. Segundo o delegado Eduardo Boigues, responsável pela investigação do caso, a rua estava escura e o suspeito usou o veículo com o farol apagado, atingindo as vítimas por trás.
Um dia depois do crime, Bonifácio chegou a ir à delegacia. No entanto, como ainda não havia mandado de prisão expedido, foi liberado. Quando a Justiça pediu para prendê-lo, ele fugiu.
Durante o tempo que ficou foragido, Bonifácio teria ficado em municípios da Grande São Paulo como Suzano, Mogi das Cruzes e Poá, além da Baixada Santista e cidades do Mato Grosso e Minas Gerais.
Segundo o delegado Boigues, a polícia apurou que o suspeito ia com frequência a um posto de combustível em Poá para abastecer o carro do pai. Os policiais foram ao local e pediram para os frentistas denunciarem quando fosse novamente.
Na noite de quinta-feira, um funcionário do posto ligou para a polícia, e PMs do 17º Batalhão de Mogi das Cruzes foram até o local e capturaram o suspeito. Ele foi levado para o DP de Itaquaquecetuba e, posteriormente, encaminhado para o CDP (Centro de Detenção Provisória) de Suzano (Grande SP).
O R7 teve acesso a parte do depoimento de Bonifácio prestado à Polícia Civil. Segundo ele, no dia do crime, enquanto estava indo com o carro em direção às vítimas, viu que um deles teria apontado algo para o carro. Ela afirma que o atropelamento foi em legítima defesa.