Prefeitura de SP afirma que, após greve, coleta de lixo foi retomada
Trabalhadores da limpeza urbana cruzaram os braços na cidade para serem inclusos na campanha de vacinação contra a covid-19
São Paulo|Do R7, com informações da Agência Record
A Amlurb (Autoridade Municipal de Limpeza Urbana) garantiu que os serviços de coleta domiciliar de lixo e varrição na cidade de São Paulo operam normalmente nesta quarta-feira (9). Os trabalhadores do setor fizeram uma paralisação de 24 horas na terça-feira (8) para serem incluídos no grupo prioritário de vacinação contra a covid-19.
A prefeitura informou, em nota, que "as equipes realizarão a coleta e limpeza dos setores que não foram atendidos ontem devido à paralisação".
Com a greve dos trabalhadores da limpeza urbana, 18 toneladas de lixo deixaram de ser recolhidas das ruas da cidade de São Paulo só na terça-feira. Sacos plásticos se acumulam nas calçadas, principalmente na região central, em áreas de comércio como o Bom Retiro, mas também na Cracolândia.
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Em entrevista à Record TV, o diretor-presidente da Coopercaps (Cooperativa de Catadores da região sul), Telines Basílio do Nascimento Junior, conhecido como Carioca, afirmou que, desde o início da pandemia, coletores de lixo, varredores e catadores reivindicam a vacinação.
"Estamos também na linha de frente e prestamos serviço de utilidade pública. A gente não quer parar de trabalhar, a gente quer ser vacinado. A paralisação é para chamar a atenção para a importância do trabalho realizado pela categoria", ressaltou.
O helicóptero da Record TV flagrou muita sujeira na região conhecida como Cracolândia pela manhã.
A Prefeitura de São Paulo chegou a entrar com mandado de segurança para garantir a realização do trabalho "por se tratar de um serviço essencial e para a manutenção em operação de equipes necessárias para atender a população".
A administração municipal disse que dialoga com o Siemaco e o governo para ampliar a vacinação destes profissionais. Mas a abertura de novos grupos depende da chegada de mais doses da vacina, enviadas pelo Ministério da Saúde.