Presos integrantes do PCC fazem rebelião em cadeia no Paraguai
De acordo com informações do jornal La Nación, grupo fez agentes penitenciários de refém, tomou o controle da unidade e tentou fugir
São Paulo|Do R7, com Efe
Presos que fazem parte da facção criminosa Primeiro Comando da Capital, que age nos presídios, fizeram uma rebelição e assumiram o controle do Centro de Reabilitação Social de Itapúa, no Paraguai, segundo informações do jornal paraguaio La Nación.
Outros presos e agentes penitenciários foram ameaçados e feitos reféns, de acordo com o jornal. Entre eles, o chefe de segurança do centro, que fica no distirto de Cambyretá.
As primeiras informações indicam que houve disparos dentro do presídio e que um funcionário foi feito refém pelos criminosos. Três integrantes do PCC teriam fugido. A polícia teria cercado o veículo em que eles escaparam.
O ministro do Interior, Juan Ernesto Villamayor, confirmou a rebelião e afirmou que a polícia já está buscando os três homens que escaparam da prisão.
Uma gravação de áudio divulgada pelas redes sociais pedia ajuda para conter o ataque. Em outro áudio, um dos agentes penitenciários pede a assistência imediata de oficiais da área de Encarnación, pois um dos companheiros foi ferido com uma faca.
Principal grupo criminoso do Brasil, o PCC tem grande atuação no Paraguai e disputa áreas com o Comando Vermelho. O governo paraguaio calcula que 400 integrantes dos dois grupos estão cumprindo condenação nas prisões do país.
O grande número de criminosos brasileiros nas penitenciárias paraguaias fez o governo do país buscar formas de acelerar os processos de extradição dos integrantes das duas quadrilhas ao Brasil.
O processo de expulsão de presos começou a ganhar mais celeridade em novembro de 2018, quando o Paraguai expulsou o traficante brasileiro Marcelo Piloto, do Comando Vermelho, após ele assassinar uma jovem que o visitou em sua cela para evitar a extradição.