Prevent Senior rebate depoimentos da CPI de SP nesta quinta (21)
Operadora afirma que as falas do coordenador da Conep, Jorge Venâncio, e da advogada Bruna Morato são falsas e fantasiosas
São Paulo|Do R7
A Prevent Senior rebateu as alegações feitas pelo coordenador da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa), Jorge Venâncio, e pela advogada Bruna Morato, que representa 12 médicos que trabalhavam na operadora de saúde, durante os depoimentos na CPI da Câmara Municipal de São Paulo nesta quinta-feira (21).
Jorge Venâncio afirmou que há indício de fraude científica no estudo sobre hidroxicloroquina em associação com a azitromicina realizado pela operadora de saúde. O estudo, com mais de 600 pacientes, recebeu aprovação do Conselho de Ética para sua realização em abril de 2020.
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Em nota, a Prevent Senior diz que não cometeu fraudes e que "meramente, publicou uma descrição da evolução de casos entre pacientes que haviam usado os medicamentos, comparando-os com aqueles que optaram por não utilizá-los". A operadora afirma ainda que os dados destes pacientes serão avaliados em investigações técnicas, o que comprovará a inexistência de ação fraudulenta. "No depoimento, o próprio Jorge Venâncio diz não haver certeza absoluta sobre o tema, ao comentar as explicações feitas em 2020 à Conep", ressalta a direção.
Já sobre o depoimento da advogada Bruna Morato, que afirmou que os pacientes não sabiam dos riscos do estudo, a empresa diz que ela é "autora de uma tese fantasiosa e será responsabilizada judicialmente por denunciação caluniosa e outros crimes". Segundo a operadora, o depoimento de hoje foi mentiroso e "pródigo em mentiras e narrativas criadas somente depois que a advogada fracassou em tentar um acordo milionário com a empresa".
A Prevent Senior diz ainda que tem total interesse que investigações técnicas, sem contornos políticos, sejam realizadas por autoridades como o Ministério Público.