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Procon faz operação para fiscalizar aumento da gasolina e do diesel

Preços ainda não devem ter reajuste, uma vez que é fornecido combustível antigo, comprado pelo preço anterior, segundo diretor

São Paulo|Laura Lorenço, da Agência Record

O Procon realiza, nesta sexta-feira (11), uma operação que tem como objetivo fiscalizar os postos de combustíveis da capital paulista e o aumento especulativo da gasolina e do diesel.

Fila em posto de combustível na avenida Rebouças na noite desta quinta-feira (10)
Fila em posto de combustível na avenida Rebouças na noite desta quinta-feira (10)

Segundo o diretor-executivo do Procon, Fernando Capez, a fiscalização se deve ao reajuste do preço de venda da gasolina e do diesel pela Petrobrás, que ocorre a partir desta sexta-feira.

Os postos não foram afetados ainda, de acordo com o diretor-executivo, uma vez que estão fornecendo combustível antigo, comprado pelo preço anterior. Portanto, não há necessidade de aumentar o valor para os consumidores logo após esse reajuste.

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Os fiscais do Procon saíram da rua Barra Funda, na zona oeste de São Paulo, às 9h e vão analisar a nota fiscal dos consumidores para saber qual é a margem de lucro que está sendo praticada e se, eventualmente, os postos estão praticando abusos contra o consumidor.


O que diz a Petrobras

Após 57 dias sem reajustes, a partir desta sexta-feira (11) a Petrobras afirma que fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel às distribuidoras. "Esse movimento da empresa vai no mesmo sentido de outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda."

Apesar da disparada do preço do petróleo e seus derivados em todo o mundo, a estatal afirma que nas últimas semanas, como decorrência da guerra entre Rússia e Ucrânia, a Petrobras "decidiu não repassar a volatilidade do mercado de imediato, realizando um monitoramento diário dos preços do petróleo".


"Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento, pelos diferentes atores responsáveis pelo atendimento às diversas regiões brasileiras: distribuidores, importadores e outros produtores, além da Petrobras."

O preço médio de venda da gasolina da Petrobras às distribuidoras passará, segundo a empresa, de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro. "Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro."


No caso do diesel, a empresa afirma que o preço médio de venda da Petrobras às distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 o litro. "Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro."

Em relação ao GLP (gás liquefeito de petróleo), o último ajuste de preços foi feito em 9 de outubro do ano passado, há 152 dias. A partir desta sexta, o preço médio de venda do GLP da Petrobras às distribuidoras passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, o equivalente a R$ 58,21 por 13 kg, refletindo um reajuste médio de R$ 0,62 por quilo.

"Esses valores refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente à demanda mundial por energia. Mantemos nosso monitoramento contínuo do mercado neste momento desafiador e de alta volatilidade."

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