Professora é suspeita de tapar boca de criança com esparadrapo em SP
Menina de quatro anos teria dito para família que professora "fechou a boca para ela ficar quieta". Caso aconteceu na quinta-feira (30), em Jandira
São Paulo|Kaique Dalapola, do R7
Uma professora da Escola Municipal Francisco Tavares de Oliveira, em Jandira, na região metropolitana de São Paulo, é suspeita de ter colado esparadrapo na boca de uma aluna de quatro anos para ela ficar quieta, durante a aula de quinta-feira (30).
O caso foi publicado no Facebook pela mãe da menina, a operadora de caixa de Jessica Araújo, de 25 anos, e registrado como lesão corporal culposa (quando não há intenção), no DP de Jandira.
"Por volta das 23h [da quinta] eu peguei meu celular no armário do meu serviço e me deparei com a mensagem da minha mãe dizendo que a minha filha de quatro anos chegou da escola com marcas de esparadrapo colado na boca e com a boca machucada”, escreveu a mãe.
Para a Polícia Civil, Jessica disse que "procurou a direção da unidade de ensino e foi informada que naquele dia foi realizada uma atividade em sala de aula no qual teriam colocado uma fita crepe na boca da criança e que isto poderia ter causado o ferimento".
Na rede social, a operadora de caixa ainda disse que conversou com outras mães sobre o ocorrido. Segundo ela, outras crianças também tiveram a boca tapada depois de conversarem durante a aula.
Após o ocorrido, Jessica disse que a criança chorou pedindo para ela não ir até a escola para falar com a professora "porque senão ela [professora] iria mandar ela [criança] para a diretoria".
A menina passou por exame no IML (Instituto Médico Legal).
Em nota, a Prefeitura de Jandira informou que tomou conhecimento do caso na sexta-feira (31/08) e, após apurar a informação junto aos familiares da criança e funcionários da escola, imediatamente afastou de suas funções a servidora envolvida. Contra a funcionária será aberta uma sindicância interna para apurar responsabilidades.
A Prefeitura ressalta que é radicalmente contra esse tipo de atitude, e que a prática é totalmente oposta aos princípios defendidos pelos professores, pelos gestores da Secretaria de Educação e pela administração municipal.
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