De acordo com o governo, 85% das águas do rio Pinheiros já têm mais oxigênio e menos poluição
Divulgação“Vitória, conquista e felicidade”. Esses são os adjetivos usados pelo líder comunitário Cristiano Kreuz, 45 anos, para expressar o sentimento que ele e mais 230 famílias que moram às margens do trecho do córrego Diniz, um dos afluentes do rio Pinheiros, que passa pelo Jardim Maria Virgínia (zona sul), sentem ao ter saneamento básico graças ao Programa Novo Rio Pinheiros.
Cristiano mora há 35 anos no bairro que faz parte do distrito do Campo Limpo. Ele chegou à comunidade na infância, quando a família decidiu deixar uma pequena cidade no interior do Paraná para tentar melhores condições de vida em São Paulo.
Nessa época, Kreuz conta que o córrego Diniz era limpo e tinha até peixes, mas o aumento populacional às suas margens e a falta de saneamento básico foram destruindo o afluente ao longo dos anos. “A água era escura e tinha um cheiro muito forte. O descarte de lixo e entulho dentro do córrego era desenfreado”, lembra o líder comunitário.
Essa realidade só começou a mudar a partir de 2019, quando o Novo Rio Pinheiros, iniciativa realizada pela Sabesp e pelo Governo do Estado, sob a coordenação da Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente, chegou à comunidade do Cristiano e também para mais de 650 mil famílias da região metropolitana de São Paulo.
Todas essas moradias foram conectadas à rede de coleta e tratamento de esgoto. No total, cerca de 3 milhões de pessoas foram beneficiadas pelo Novo Rio Pinheiros. “Com o saneamento básico agora a água é limpa, transparente, não tem mais cheiro e lixo dentro. Percebemos também que ratos e baratas surgem com frequência muito menor”, comemora Cristiano.
Destaque para o trabalho de conscientização ambiental realizado pela Sabesp junto aos moradores para que o processo de revitalização do córrego Diniz fosse concluído em um curto período de tempo. Dentre as ações executadas, o líder comunitário exalta a participação das crianças no plantio de árvores e a distribuição de materiais didáticos aos moradores da comunidade. “É um trabalho contínuo de cobrança. Aos poucos o comportamento dos moradores está mudando”, afirma Cristiano.
De acordo com o governo, 85% das águas do rio Pinheiros já têm mais oxigênio e menos poluição. Dos 13 pontos de monitoramento do rio, 11 já apresentaram o chamado DBO (Demanda Bioquímica de Oxigênio) abaixo de 30 mg/l, quantidade mínima para que a água não tenha odor, melhore a turbidez e permita vida aquática.
Os pontos que registraram a melhor qualidade estão próximos às pontes Eusébio Matoso e Jaguaré, na Zona Oeste da capital paulista. Em seguida estão os trechos das pontes Cidade Universitária, Nova Morumbi e Socorro.
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