Receita Federal apreende cocaína diluída em vinho em Cumbica
Com ajuda de cães farejadores, foi encontrada no aeroporto a droga diluída em vinho branco em embalagens plásticas num total de 122,5 kg
São Paulo|Pietro Otsuka, do R7*
Na última segunda-feira (27), a Receita Federal frustrou duas grandes tentativas de tráfico de cocaína em território brasileiro.
A primeira ocorreu no Aeroporto de Guarulhos. No caso, a Alfândega interceptou uma carga de cocaína diluída em vinho branco em pacotes plásticos num total de 122,5 kg. A droga tinha como destino a Guiné Equatorial.
A descoberta foi feita durante a inspeção e contou com a ajuda de cães farejadores. A carga foi encaminhada à Polícia Federal e só será apurada a quantida total de cocaína após a realização da perícia.
Já a segunda se deu no início da noite de ontem, mas no Porto de Santos, no litoral de São Paulo. A ação de vigilância frustrou a tentativa de envio ao exterior de 322 kg de cocaína. A droga foi encontrada em um contêiner com indícios de violação. A carga continha carne congelada e tinha como destino o porto de Rotterdam, na Holanda.
A identificação foi feita por meio de varredura de imagens e verificação do pátio.
Pela disposição das bolsas no interior do contêiner, a suspeita é de que os criminosos tenham usado a técnica conhecida como "rip-on/rip-off", em que a droga é colocada em uma carga lícita sem o conhecimento dos exportadores e importadores.
Só no mês de maio, até esta terça-feira (28), ocorreram nove apreensões no Porto de Santos, que somam quase 3,5 toneladas de drogas. Se for considerado o ano inteiro, a quantidade de narcóticos apreendidas já supera a marca de 10 toneladas.
A quantidade de drogas apreendidas só nos cinco primeiros meses de 2019 quase supera a marca anual dos anos de 2016 e 2017, que tiveram 10.622 kg e 11.540kg de substâncias ilícitas apreendidas, respectivamente. No ano passado, foram 23.119 kg recolhidos pelas autoridades.
A droga interceptada ficará sob a guarda da Delegacia de Polícia Federal de Santos, que vai prosseguir com as investigações.
*Estagiário do R7, sob supervisão de Ana Vinhas