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Reforma de Doria no Palácio dos Bandeirantes custou R$ 1,1 milhão

Mudanças foram consideradas polêmicas, pois supostamente teriam provocados dano a patrimônio público de interesse histórico

São Paulo|Do R7

Palácio foi projetado em 1938, construído em 1955 e inaugurado em 1965
Palácio foi projetado em 1938, construído em 1955 e inaugurado em 1965

O governador do estado de São Paulo, João Doria, gastou R$1,1 milhão em uma reforma no Palácio dos Bandeirantes considerada polêmica, por supostamente redecorar e descaracterizar móveis e ambientes tombados da sede do governo paulista.

Leia também: Promotoria investiga redecoração do Palácio dos Bandeirantes

A maior parte do dinheiro (confira a tabela com íntegra dos gastos abaixo), cerca de R$ 415 mil foram gastos para pintar de preto alguns ambientes do Palácio, planejados por um arquiteto italiano em 1938 e construído há 64 anos.

Outros R$ 183 mil foram usados para reforma da parte hidráulica, R$ 172 mil da parte elétrica, R$ 110 mil em marcenaria e outros R$ 82 mil na instalação de pisos de cerâmica.


Ambientes foram pintados de preto e mesas de madeira de lei foram "adesivadas"
Ambientes foram pintados de preto e mesas de madeira de lei foram "adesivadas"

Quando as imagens com o antes e depois da reforma vieram a público, o promotor do Meio Ambiente de São Paulo, Carlos Henrique Prestes Camargo, chegou a instaurar um inquérito sobre "eventuais danos ao patrimônio público de interesse histórico, com a remodelação e redecoração do Palácio dos Bandeirantes, com descaracterização de móveis de madeira de lei, pisos e adornos, que foram pintados com tinta preta, inclusive brasões do Estado de São Paulo".

O TCE (Tribunal de Contas do Estado), também cobrou esclarecimentos à Secretaria de Governo, responsável pela obra. 


Despesas foram detalhadas pelo governo paulista
Despesas foram detalhadas pelo governo paulista

O Governo Paulista diz que as obras foram necessárias. "Havia dez anos que o espaço, localizado no bairro do Morumbi, na capital paulista, não passava por obras de manutenção", diz a Secretaria de Governo.

Sobre os apontamentos da Promotoria do Meio Ambiente, o governo paulista diz, em publicação em seu site, “os poucos móveis que foram pintados, são móveis de estilo, e não de época. Todo o patrimônio original, autêntico da época, tanto colonial como posterior a isso, estão conservados e preservados como patrimônio público paulista”.

Mudanças foram consideradas polêmicas
Mudanças foram consideradas polêmicas

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