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Rodoanel Norte: novo contrato de concessão é assinado; previsão de entrega é 2026

A empresa Via Appia Fip Infraestrutura será a responsável pela conclusão das obras – paradas desde 2018

São Paulo|Do R7, com informações da Agência Estado

Ferros usados na estrutura estão aparentes em alguns pontos
Ferros usados na estrutura estão aparentes em alguns pontos Edu Garcia-R7

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) assinou nesta quarta-feira (9) o contrato de concessão do trecho norte do Rodoanel, corredor rodoviário que circunda a capital paulista. A Via Appia FIP Infraestrutura será a responsável pela conclusão das obras — paradas desde 2018.

A empresa venceu em março o leilão para terminar a obra e explorar o trecho norte do Rodoanel. 

O trecho tinha previsão inicial de conclusão em 2016, mas só deve ficar pronto no segundo semestre de 2026. A construção tem um histórico de falhas e atrasos. A nova concessão tem prazo de 31 anos.

"Estamos falando de R$ 3,4 bilhões em obras remanescentes que precisam ser executadas. É um desafio de engenharia, de logística e de planejamento de obra, mas que é possível", disse Tarcísio.


Tarcísio de Freitas assina contrato de concessão
Tarcísio de Freitas assina contrato de concessão

O consórcio vencedor ficará responsável por investir R$ 2 bilhões para a finalização das obras, além de mais R$ 324 milhões para a implantação de projetos auxiliares. No segundo critério de classificação, que foi o desconto do aporte do governo de São Paulo, houve abatimento de 23,10%, e restou uma subvenção estimada de R$ 1,07 bilhão ao Estado.

Segundo o governador, dos três anos previstos, o primeiro será para o projeto técnico e os dois últimos para a construção. A concessionária terá de corrigir problemas apontados em auditoria feita pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), a pedido do Estado, que listou 59 falhas importantes nas obras já realizadas.


Entre elas, estão pilastras de viadutos tortas, infiltração em túneis, aterros de encostas com erosão e blocos de pavimento trincados, além de assoreamento de cursos d’água perto de via e ocupações irregulares de áreas já desapropriadas.

Há a previsão de que o trecho entre as rodovias Dutra e a Fernão Dias possa ser entregue antes. Segundo o governo, o trecho norte deve tirar 18 mil caminhões da capital. "É uma obra que vai diminuir o tempo de viagem, terá impactos na logística e no meio ambiente", disse Tarcísio.


A concessionária tem também o direito de explorar os pedágios, que devem adotar o modelo chamado "free flow", tecnologia eletrônica que calcula a tarifa de acordo com as características de cada veículo por quilômetro rodado e elimina paradas em praça de pedágio.

Os 44 quilômetros do trecho norte, que interligam os trechos oeste e leste, cortam São Paulo, Arujá e Guarulhos, ao lado da serra da Cantareira. Assim, a seção norte, último lote a ser iniciado, vai fechar o anel rodoviário de 177 km em torno da capital.

Concluir o Rodoanel Norte foi promessa de campanha de Tarcísio de Freitas — o nono governador desde o início da construção, em 1998, na gestão Mario Covas (PSDB). Na época, o tucano chegou a prometer todo o Rodoanel até 2006.

Com obras paradas, entorno do Rodoanel fica degradado

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