O roubo de motos de alta cilindrada aumentou 83,53% no estado de São Paulo no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2022, de acordo com um levantamento realizado pela empresa de rastreamento Tracker e a Fecap (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado). Motos de alta cilindrada são os veículos maiores e mais caros. Muitas vezes, elas são roubadas e depois levadas por criminosos para ">ostentação em bailes funk. Esse tipo de veículo foi responsável por 613 registros de roubo nos primeiros seis meses do ano, em comparação a 334 no mesmo período do ano anterior. Os furtos também tiveram alta significativa, de 174,24%. Enquanto houve registro de 66 furtos de moto no primeiro semestre de 2022, 181 veículos desse tipo foram furtados em 2023.•Compartilhe esta notícia no WhatsApp•Compartilhe esta notícia no Telegram Roubo é quando o item é subtraído mediante ameaça ou violência, diferentemente do furto, que acontece quando a vítima está ausente ou o objeto é levado sem ela perceber. Considerando roubos e furtos de forma conjunta, entre janeiro e junho foram registrados 794 boletins de ocorrência. No mesmo período do ano passado foram 400. Segundo outro estudo, realizado pela seguradora Ituran, que também é uma empresa de rastreamento, até junho deste ano, 938 motos de alta cilindrada foram roubadas na capital paulista. O veículo mais visado, de acordo com a Ituran, é a Triumph Tiger 900, que pode ser comprada por volta de R$ 76 mil reais. Abaixo deste modelo, está outra moto, também do mesmo tipo, chamado Triumph Tiger 800, que está por cerca de R$ 50 mil. A sétima do ranking — e última desta lista — é a Kawasaki Versys 650, que pode ser comprada também por volta de R$ 50 mil. Veja abaixo as motos de alta cilindrada mais visadas: Segundo o coordenador de operações da Ituran, Fernando Correia, essas motos não costumam ser visadas para o desmanche das peças, como costuma ocorrer com veículos mais baratos. "Normalmente após a utilização das motos, elas são abandonadas em regiões de matas e até ficam cobertas para serem escondidas. O foco aqui é a ostentação." O coordenador de comando de operações da Tracker, Vitor Corrêa, explica que o aumento do número de roubos pode estar atrelado ao fato de que o proprietário costuma utilizar esses modelos para o lazer, e não costuma deixar o veículo estacionado nas ruas, local onde normalmente acontecem os furtos. Porém, as motos grandes ficam nas garagens ou em estacionamentos fechados. "Paralelo a isso, esses modelos são mais utilizados nos fins de semana, momento em que o proprietário é abordado pelos bandidos”, afirma Corrêa. Procurada para comentar o aumento de furtos e roubos de motos, a SSP (Secretaria da Segurança Pública) não se manifestou até a publicação desta reportagem.