Saiba quais linhas do Metrô funcionam normalmente durante a greve desta terça (3) em SP
Permanecem em operação apenas as linhas concedidas à iniciativa privada; paralisação afeta cerca de 4,5 milhões de passageiros
São Paulo|Do R7
Apenas as linhas 4-Amarela e 5-Lilás, do Metrô, e 8-Diamante e 9-Esmeralda, da CPTM, funcionam normalmente na manhã desta terça-feira (3), na cidade de São Paulo, durante a greve do Metrô e da CPTM (Companhia Paulista de Trens e Transportes).
As linhas foram concedidas à iniciativa privada e são administradas por ViaQuatro e ViaMobilidade.
A população que usa o transporte público é impactada pela paralisação nas linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata, do Metrô. Segundo dados da empresa metroviária, as linhas transportaram cerca de 2,94 milhões de passageiros em dias úteis em agosto.
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As linhas 7-Rubi, 10-Turquesa, 11-Coral 12-Safira e 13-Jade, da CPTM, também são afetadas pela greve. Elas transportaram, em média, 1,55 milhão de passageiros em dias úteis em agosto.
Na soma dos meios de transporte e com base nos últimos dados disponíveis, são cerca de 4,5 milhões de passageiros que usam essas linhas diariamente, segundo os dados do Metrô e da CPTM, que serão afetados pela paralisação.
Os funcionários da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) também aderiram à greve. As categorias reivindicam o cancelamento dos processos de privatização, além da realização de um plebiscito para consultar a população sobre a concessão dessas empresas públicas.
Reforço na frota de ônibus
A frota de ônibus será reforçada durante todo o dia, com 100% da operação. "Há um número maior de ônibus nos horários de pico, e no entrepico diminui, mas amanhã será a carga o dia todo", informou o prefeito Ricardo Nunes.
Rodízio
A Prefeitura de São Paulo também anunciou a suspensão do rodízio de veículos nesta terça. Com isso, os veículos com placa com final 3 e 4 podem circular pela cidade sem nenhum tipo de restrição nem punição.
Ponto facultativo
O governo determinou ponto facultativo em todos os serviços públicos estaduais da capital nesta terça-feira. Os serviços de segurança pública não serão afetados, assim como os restaurantes e postos móveis do Bom Prato.
Governo diz que paralisação é abusiva
A gestão de Tarcísio de Freitas (Republicanos) classificou a paralisação como ilegal e abusiva. "É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão", declarou o governo em comunicado oficial — veja a nota na íntegra abaixo.
"Sobre a greve anunciada para esta terça-feira, 3 de outubro, pelos sindicatos dos trabalhadores do Metrô, CPTM e Sabesp, o Governo de São Paulo reforça que esta é uma greve ilegal e abusiva, a qual torna refém a população que precisa do transporte público. É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão.
É importante esclarecer à população que a greve não foi convocada para reivindicar questões salariais ou trabalhistas, mas sim para que os sindicatos atuem, de forma totalmente irresponsável e antidemocrática, para se opor a uma pauta de governo que foi defendida e legitimamente respaldada nas urnas.
O programa estadual de parcerias, concessões e desestatizações visa a melhoria na prestação dos serviços públicos aos cidadãos e está totalmente amparado pelas leis brasileiras. Assim, ao chantagear a população com greves ilegais, os sindicatos atentam não só contra a legislação vigente, mas também à ordem pública e ao aprimoramento das políticas públicas.
O Governo de São Paulo está agindo com total transparência e respeito à legalidade na condução das propostas de parceria, concessão e desestatização. Contratou estudos de viabilidade técnico-financeira de órgãos de excelência internacional e deu publicidade a todas as etapas cumpridas até o momento, tanto nos canais oficiais do Estado como pela imprensa.
A esfera de debate para privatização são as audiências públicas e não por meio da ameaça ao impedimento do direito de ir e vir do cidadão. É por meio do processo de escuta de diálogo das desestatizações que os sindicatos contrários devem se manifestar, de forma democrática, convencendo atores políticos e a própria sociedade de que a proposta do Governo de São Paulo não é a ideal. Infelizmente, aqueles que deveriam representar os trabalhadores preferem agir de forma truculenta, promover o caos e prejudicar toda a população.
O Estado vem atuando tempestivamente nas esferas administrativa e judicial para que a população não seja prejudicada. O Tribunal Regional do Trabalho já decidiu contrariamente à greve das três categorias e determinou a manutenção dos serviços de transporte em 100% nos horários de pico e 80% nos demais períodos, além de 85% do contingente da Sabesp. A Justiça também proibiu a liberação das catracas, proposta de forma irresponsável pelos grevistas, sem levar em conta os altos riscos de tumultos e acidentes nas estações.
O Governo de São Paulo continuará trabalhando para preservar a ordem pública e garantir os direitos dos cidadãos que tanto precisam dos serviços públicos. Os servidores da Sabesp, do Metrô e da CPTM merecem líderes sindicais que priorizem o respeito à legalidade e o atendimento à população."
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