A Prefeitura de Taubaté, no interior de São Paulo, voltou atrás na decisão de demitir três funcionários do Samu (Atendimento Médico de Urgência e Emergência) que transportaram um cachorro perdido dentro da ambulância na segunda-feira (30). Eles haviam sido despedidos por justa causa e causaram comoção nas redes sociais.
A equipe formada por um socorrista, um enfermeiro e um médico havia encontrado um cãozinho da raça Yorkshire perdido no meio da rua. Com medo que ele fosse atropelado ou causasse um acidente resolveram resgatá-lo e levá-lo para a base do Samu.
O cão estava com uma coleira com o nome do dono que foi avisado. Segundo a equipe, o animal foi colocado na parte da frente da ambulância e em 15 minutos já estava na base “sem desvio de rota ou qualquer prejuízo aos cofres públicos”.
Porém, a prefeitura de Taubaté afirmou que a conduta da equipe contraria a portaria 2.048/2002 do Ministério da Saúde, que estabelece normas e procedimentos de operação na área de urgência e emergência, além da operação de ambulâncias tipo UTI e por isso foram despedidos.
“Prefiro perder o emprego milhões de vezes ao lado de vocês, e salvar quantos cachorros aparecerem em nossa frente”, disse o médico Julio Cesar Moreno. O enfermeiro João Marcos e o motorista Leandro Miranda também fizeram postagens sobre o caso que ganhou grande comoção nas redes sociais.
Recontratação
A prefeitura divulgou nesta terça-feira (1º) que o Instituto Esperança, responsável pela administração Samu em Taubaté e mais sete cidades da região, reviu a demissão dos funcionários.
O motorista e enfermeiro da equipe da USA (Unidade de Suporte Avançado) foram advertidos quanto aos riscos do procedimento adotado (transportar um cachorro no interior do veículo) e serão reintegrados aos quadros do instituto.
No entanto, o médico até agora não demonstrou interesse em retomar as atividades.
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