Santa Casa de SP recebe doação de 600 máscaras contra coronavírus
Diretor alerta que com a chegada da doença às periferias haverá aumento significativo da procura por tratamento médico e a demanda será maior
São Paulo|Do R7, com Agência Estado
A Santa Casa de São Paulo deve receber uma doação de 600 escudos faciais que serão usados como proteção aos profissionais de saúde no combate à pandemia do coronavírus. Os equipamentos, doados pela Associação Comercial de São Paulo, foram entregues na terça-feira (14) na sede da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa.
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O vice-presidente Francisco Antônio Parisi destacou a preocupação do presidente da ACSP, Alfredo Cotait Neto, com os efeitos da pandemia nas áreas de saúde e da economia da cidade e do país. "O presidente tem levado as necessidades, sobretudo dos micros e pequenos empreendedores, aos governantes a fim de minimizar o impacto da pandemia no comércio", acrescentou Parisi.
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Para o também vice-presidente Douglas Formaglio, a Associação Comercial de São Paulo buscou se mobilizar diante da dificuldade em conseguir os equipamentos por causa da alta demanda. "Nas guerras, as fábricas de panelas se mobilizaram para produzir capacetes. Agora, contra o coronavírus, estes escudos são os capacetes", comparou.
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"Nós realmente estamos com dificuldades para comprar este tipo de equipamento. Então, esta doação veio em ótima hora e será de grande ajuda”, reforçou Paulo Fonseca, vice-presidente do Conselho Curador da Fundação Arnaldo Vieira de Carvalho, mantenedora da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo.
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"A Santa Casa sempre foi o epicentro da saúde de São Paulo e tem sobrevivido graças a doação, entidade filantrópica que é. Filantropia, para mim, é generosidade e é por causa destas ações que conseguimos sobreviver", afirmou José Eduardo Lutaif Dolci, diretor da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, disse estar sensibilizado com a doação.
O diretor ainda fez um alerta sobre o aumento na demanda "Com a chegada da doença às periferias e às comunidades, onde tem 10 ou 15 pessoas morando na mesma casa, vamos ter um aumento significativo da procura por tratamento médico e a demanda por estes equipamentos de segurança será ainda maior. Então, tudo o que pudermos receber será muitíssimo bem-vindo", disse Dolci.
Em relação ao aumento da demanda, Formaglio afirmou que a entidade tem um projeto cujo objetivo é a produção e a distribuição gratuita de máscaras reutilizáveis nas comunidades carentes da capital.