São-paulino que morreu em tumulto após final da Copa do Brasil tinha deficiência auditiva
Rafael Garcia era integrante da ala 'Surdos e Mudos' da torcida organizada Independente Tricolor e deixa um filho, de 8 anos
São Paulo|Do R7
Rafael Garcia, de 32 anos, morto após a final da Copa do Brasil no domingo (25), tinha deficiência auditiva e era integrante da ala "Surdos e Mudos" da torcida organizada Independente Tricolor.
Morador de Itapevi, na Grande São Paulo, o são-paulino trabalhava havia três anos em um mercado atacadista. Ele também deixou um filho, de apenas 8 anos.
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No domingo (24), torcedores e policiais militares entraram em confronto na região do Morumbi, zona sul da capital, depois da partida entre o São Paulo e o Flamengo. Na confusão, Rafael foi encontrado caído com um ferimento na cabeça. Ele foi socorrido e levado para o Hospital Municipal Campo Limpo, porém não resistiu aos ferimentos.
Em nota divulgada nas redes sociais, a torcida lamentou a morte do torcedor. "Não sabemos o que ocorreu e aguardamos o total conhecimento dos fatos, para as devidas responsabilizações. Lemos muitos relatos, durante o dia de hoje, de pais assustados com seus filhos, devido à forma de repressão ocorrida. Mulheres também, no meio de cavalaria e bombas de gás. Seguimos todos os protocolos determinados com as autoridades de segurança."
Segundo a Polícia Militar, a causa da morte ainda não foi determinada. "O caso foi registrado na Drade (Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva) e será investigado pelo DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa). Um Inquérito Policial Militar também foi instaurado para averiguar as circunstâncias desse infortúnio", informa.