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São Paulo investiga 19 casos de fraude na vacinação contra covid-19

Segundo o Ministério Público do Estado de São Paulo, três casos são de pessoas que tomaram dose a mais e 16 que furaram fila

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

MP-SP apura fraudes em vacinação
MP-SP apura fraudes em vacinação

O MP-SP (Ministério Público do Estado de São Paulo) está investigando 19 casos de possíveis fraudes no esquema de vacinação paulista. Três casos são de pessoas que tomaram nova dose da vacina após já terem sido imunizadas, e outras 13 denúncias apuradas são de fura-fila de pessoas que receberam a imunização em momento que ainda não era o grupo delas.

"Abrimos a instauração de procedimento administrativo e as pessoas estão sendo intimada para apresentar uma defesa e, posteriormente, a comissão se reúne e decide pela aplicação de multa ou pela aplicação da absolvição", disse Fernando José da Costa, secretário da Justiça e Cidadania de São Paulo.

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Um dos casos apurados é da médica veterinária Jussara Sonner, que burlou o esquema de vacinação e recebeu ilegalmente três doses de imunizantes contra a covid-19. Nas redes sociais, ela publicou a fraude e disse que praticou em Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo.

Jussara escreveu em suas redes sociais que havia sido imunizada, inicialmente, com as duas doses da Coronavac e se sentia "bastante incomodada". A veterinária publicou que aguardou por três meses, até que pudesse tomar a dose da vacina da Johnson, que foi distribuída pelos Estados Unidos aos países latino-americanos.


Em Limeira, no interior de São Paulo, foram outros três casos, conforme as apurações do Ministério Público. No município, as vacinas foram aplicadas em postos drive-thru, onde não havia um sistema integrado de comunicação do SUS (Sistema Único de Saúde), o que pode ter facilitado para fraude.

"É muito lamentável uma pessoa que vai se vacinar ilegalmente sabendo que nós precisamos imunizar população. Nós precisamos vacinar pelo menos 75,8% dos brasileiros para que tenhamos uma imunidade eficaz no Brasil, então é inaceitável pessoas que já se vacinaram, que estão imunes, tomar em uma nova e tirarem a vez de uma outra pessoa ainda não vacinada", disse Costa.

A pessoa que comete a ilegalidade com o esquema de vacinação e toma dose extra, além de pagar multa que varia entre R$ 1.500 a R$ 100 mil, está tomando a vez de uma pessoa que ainda não foi imunizada, e por isso responde por crime contra a saúde pública, com pena prevista de um mês a um ano de reclusão.

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