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São Paulo pede ao governo federal exigência do passaporte da vacina

Segundo Doria, o estado tem o maior porto e aeroporto do país. Medida segue recomendação do Comitê de Saúde e da Anvisa

São Paulo|Joyce Ribeiro, do R7

Estado de São Paulo pede ao governo federal exigência imediata do passaporte da vacina
Estado de São Paulo pede ao governo federal exigência imediata do passaporte da vacina

O Governo de São Paulo pediu ao governo federal a implementação imediata do passaporte da vacina contra a Covid-19. O anúncio foi feito pelo governador João Doria (PSDB) durante coletiva de imprensa no Palácio dos Bandeirantes nesta quarta-feira (8). Segundo ele, se a medida não for adotada no país até o dia 15, o estado vai adotar por ser "um direito que nos cabe".

Segundo o governo, um ofício foi enviado ao Ministério da Saúde para que seja exigida a comprovação aos viajantes que chegam ao Brasil. A recomendação é do Comitê de Saúde do Estado e segue procedimentos já adotados em outros países, inclusive corroborados pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

"É a forma correta de agir, de estabelecer procedimentos, o que a Ciência, a Saúde determina. Temos o maior porto da América Latina, o porto de Santos, e o maior aeroporto de São Paulo, em Guarulhos. São Paulo é a principal entrada de estrangeiros no país", justificou o governador.

Com três dos aeroportos mais movimentados do país (Cumbica, Viracopos e Congonhas), São Paulo recebe um terço dos voos nacionais e dois terços do total de voos internacionais.


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O coordenador do Comitê Científico de São Paulo, Paulo Menezes, lembrou os três casos confirmados da variante Ômicron no estado, que foram importados, e a necessidade do avanço da vacinação, também com a dose de reforço.

“O grande objetivo da vacinação contra Covid-19 é reduzir a mortalidade e, nesse sentido, a exigência de comprovação é mais uma iniciativa de controle e enfrentamento da pandemia. Nossa expectativa é que o governo federal possa compreender esta necessidade evitando a entrada de novas variantes no Brasil”, disse Paulo Menezes.


Além da exigência da comprovação de vacina, o Comitê considera fundamental a obrigatoriedade da apresentação de teste PCR negativo válido por 48 horas ou teste antígeno negativo por 24 horas.

"É obrigação rastrear nos 645 municípios paulistas outras variantes, não só a Ômicron, que é de atenção, e fazer testagem aleatória", destacou o secretário estadual de Saúde, Jean Gorinchteyn.


As autoridades evitaram dizer, em coletiva, se haverá Carnaval em 2022 e justificaram que ainda a tempo para a tomada de decisão.

Vacinação em crianças

O governo também anunciou que já reservou 12 milhões de doses da CoronaVac para imunizar crianças de 3 a 11 anos contra a Covid-19. Para dar início à campanha, a Anvisa precisa emitir a autorização. O primeiro pedido foi protocolado em agosto.

Segundo Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, o documento está na fase final de elaboração sobre a imunicidade da vacina. Ao final, ele será novamente apresentado a Anvisa e a expectativa é por uma "resposta positiva".

Covas defendeu a eficácia da vacina: "Tem uma resposta excelente, resposta de 5 ou 6 vezes na elevação de anticorpos, dá proteção e imunidade. Tem um excelente perfil de segurança e eficiência comprovada. Lembrando que a CoronaVac já é aplicada em crianças na China, Filipinas, Malásia, Chile e Equador".

De acordo com o Vacinômetro, 79.717.578 doses foram aplicadas no estado, sendo 38.112.191 de primeira dose, 34.557.465 de segunda e 1.177.248 de dose única. Outras 5.870.674 doses de reforços também já foram aplicadas. Até o momento, 94,53% da população com mais de 18 anos tem o esquema vacinal completo.

O presidente do Instituto Butantan destacou também que o governo federal não demonstrou interesse em adquirir novas doses da CoronaVac para 2022.

Influenza

Já a cidade do Rio de Janeiro vai receber 400 mil doses da vacina contra a influenza doadas pelo Butantan devido ao surto da doença. A previsão é de que cheguem até sexta-feira (10) para a retomada da vacinação.

O Butantan é o maior produtor da vacina e já entregou ao Ministério da Saúde 80 milhões de doses. Outras 3,4 milhões de doses foram ofertadas ao governo para serem enviadas às cidades do país com surto de influenza. 

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