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São Paulo permanece, pelo 3º dia consecutivo, como a metrópole com o ar mais poluído do mundo

Concentração de material particulado na região metropolitana é considerada insalubre

São Paulo|Do R7


Tempo permanecerá quente e seco em SP até o fim de semana ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO - 11.09.2024

A Grande São Paulo amanheceu nesta quarta-feira (11) com níveis preocupantes de poluição do ar, condição que a coloca, pelo terceiro dia consecutivo, no topo do ranking de metrópoles com a pior qualidade do ar no mundo, segundo a empresa suíça IQAir, que monitora em tempo real cem cidades.

Às 8h30, o Índice de Qualidade do Ar estava em 179, considerado “insalubre”. Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, aparecia em segundo lugar, com 155; seguida de Karachi, no Paquistão, com 153.

Às 8h, das 23 estações de monitoramento da qualidade do ar da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) na região metropolitana, 14 estavam em condição “muito ruim”, quando a concentração de material particulado atinge níveis superiores a 121. Outras oito eram classificadas como “ruim” (concentração de 81 a 120), a apenas uma, Diadema, tinha qualidade do ar “moderada” (41 a 80).

A pior situação na capital estava no Parque Dom Pedro 2º, no centro, onde a estação registrou índice de qualidade do ar em 158, com o poluente MP2.5 predominando.


O Conselho de Recursos do Ar da Califórnia afirma que o MP “não é um poluente único, mas sim uma mistura de muitas espécies químicas”.

“É uma mistura complexa de sólidos e aerossóis composta de pequenas gotículas de líquido, fragmentos sólidos secos e núcleos sólidos com revestimentos líquidos. As partículas variam amplamente em tamanho, forma e composição química e podem conter íons inorgânicos, compostos metálicos, carbono elementar, compostos orgânicos e compostos da crosta terrestre.”


Um artigo publicado em junho do ano passado na revista científica Current Problems in Cardiology ressalta que essas partículas podem entrar com muita facilidade nos pulmões e alcançar o sistema cardiovascular, sendo relacionadas a uma série de problemas de saúde.

Os cientistas enfatizam que a exposição prolongada ao MP2.5 está fortemente associada a um aumento nos riscos de doenças cardiovasculares, como infarto e AVC.


O CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas da Prefeitura de São Paulo) afirma que o bloqueio atmosférico que impede a dispersão desses poluentes vai persistir na região pelo menos até sábado (14).

As temperaturas também continuarão elevadas, e a umidade relativa do ar será baixa. Essas condições, associadas às queimadas no interior do Brasil e à emissão de poluentes dos veículos, criam uma névoa seca de material particulado.

Como se proteger

Diante de um cenário como o atual, é fundamental evitar ao máximo a exposição ao material particulado.

Algumas medidas podem ser úteis:

  • Use máscaras do tipo N95/PFF2, que são mais adequadas para filtrar partículas finas;
  • mantenha as janelas fechadas, especialmente durante o dia;
  • se possível, utilize purificadores de ar com filtros HEPA em ambiente doméstico;
  • evite áreas de tráfego intenso de veículos;
  • não pratique atividades físicas ao ar livre, principalmente entre 10h e 16h;

Além disso, beber bastante água, lavar as narinas com soro fisiológico e utilizar colírio ajuda a aliviar o desconforto imediato causado pela poluição.

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