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São Paulo terá distribuição de absorventes em escolas municipais

Ação é focada nas meninas em vulnerabilidade social. Lenços, desodorante e creme dental também estarão na cesta de higiene

São Paulo|Nayara Paiva*, da Agência Record

Escolas municipais de SP distribuirão absorventes para as estudantes
Escolas municipais de SP distribuirão absorventes para as estudantes

A prefeitura de São Paulo sancionou nesta segunda-feira (12) uma lei que garante a distribuição de absorventes a estudantes da rede municipal com o objetivo de evitar que meninas em situação de vulnerabilidade social faltem às aulas.

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Os itens de higiene serão adquiridos pelas escolas, por meio do PTRF (Programa de Transferência de Recursos Financeiros). A Seduc-SP (Secretaria Estadual da Educação) também irá repassar 500 mil absorventes para a rede municipal, de uma doação feita pela empresa Procter & Gamble.

"Ver estudantes que precisam utilizar papelão, miolo de pão, como ouvimos quando conversamos nas escolas, ou pior ainda, ver que essas meninas nem vão mais para a escola, ou se vão, passam a sofrer bullying, trazendo muito mais transtornos. Não sabemos o tanto que essas pessoas estão sofrendo, mas sabemos o passo importante que estamos dando", afirmou o secretário estadual da educação, Rossieli Soares.

Segundo estudos recentes da Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância), uma em cada quatro estudantes do ensino fundamental falta às aulas durante o período menstrual no Brasil por não ter dinheiro para comprar absorventes. Atualmente, a Secretaria Municipal de Educação possui cerca de 100 mil estudantes em idade menstrual matriculadas na rede.


Além dos absorventes descartáveis externos e internos, a cesta de itens de higiene poderá conter produtos como lenço umedecido, desodorante sem perfume, escova de dente, creme dental, fio dental e sabonete para uso dos estudantes, sempre que precisarem. As escolas também poderão estimular a oferta de absorventes reutilizáveis. Esta cesta de itens será mantida abastecida para que não faltem insumos para o uso das estudantes.

Juntamente com a disponibilização dos produtos, as escolas devem promover rodas de conversas ou outras formas de diálogo para conscientização das estudantes acerca dos cuidados com a própria saúde e de questões envolvendo o período menstrual, além da importância de não faltar à escola durante esses dias.

*Sob supervisão de Letícia Dauer

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