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Seis policiais que participaram de ação prestam depoimento 

No começo de novembro, a comunidade de Paraisópolis foi alvo de uma megaoperação da Polícia Militar, após morte de um sargento 

São Paulo|Vania Souza e Marcos Rosendo, da Agência Record

Movimentação no 89º DP no Morumbi
Movimentação no 89º DP no Morumbi

Seis policiais militares que participaram da ação em baile funk de Paraisópolis, que acabou com a morte de nove pessoas pisoteadas na madrugada deste domingo (1º), prestaram depoimento no 89º DP (Portal do Morumbi), zona sul de São Paulo.

Veja também: Paraisópolis: vídeos mostram confusão com PMs em baile funk

O delegado Emiliano da Silva Neto, responsável pela investigação, informou que os PMs foram ouvidos separadamente durante toda tarde. Eles tiveram as armas apreendidas, para exames residuográficos. Segundo o delegado, os corpos das vítimas apresentam hematomas, mas não foi verificado ferimento à bala. 

A Polícia Civil e a Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo vão apurar as cinircunstâncias dessas mortes. O ouvidor das polícias, Benedito Mariano, disse que entrou em contato com o Corregedor da PM, coronel Marcelino Fernandes, neste domingo e pediu que a apuração seja conduzida por esse órgão. O ouvidor também vai solicitar os laudos de necropsia das 9 vítimas, para verificar a causa das mortes.


No começo de novembro, a favela foi alvo de uma megaoperação da PM, após morte de um sargento. O 89º DP (Pontal do Morumbi), que abrange Paraisópolis e outros bairros da região, registrou sete homicídios dolosos (intencionais) de janeiro a outubro deste ano, além de nove casos de tentativa de homicídio doloso. 

Encurralados


O porta-voz da Polícia Militar, tenente-coronel Emerson Massera, refutou as acusações de que a polícia encurralou os participantes do baile funk numa viela em Paraisópolis.

Massera reiterou que a PM não utilizou armas de fogo na ação, apenas balas de borracha e munição química para garantir a segurança dos policiais que foram atacados pelos frequentadores do baile funk quando adentraram na comunidade de Paraisópolis, após a perseguição a dois suspeitos em uma moto que teriam atirado contra os PMs.

O porta-voz da PM acredita que a Polícia Militar não tenha que modificar a forma de atuar em bailes funks, em função das 9 mortes em Paraisópolis. O militar declarou que as ações da PM são técnicas, baseadas em treinamentos e protocolos muito bem definidos. Ele entende que a discussão sobre os bailes funks deve ser ampliada com a participação da sociedade civil.

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