Sequestro-relâmpago obriga vítima a fazer transferência por Pix em SP
Mulher abordada na frente de casa em Guarulhos, na Grande SP, foi resgatada pela polícia na zona norte da capital
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
Os sequestros-relâmpago que exigem pagamento via Pix para liberar as vítimas são cada vez mais comuns. Se antes os criminosos corriam risco ao levarem as vítimas até caixas eletrônicos, agora basta levá-las para um lugar afastado e executar as transferências bancárias. Uma quadrilha foi presa ao tentar praticar o crime nesta terça-feira (3).
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Imagens da câmera do uniforme de um PM mostram uma abordagem a suspeitos em um carro. O homem ao volante e um passageiro saem e levantam os braços. Em outro carro, os policiais abordam mais dois suspeitos. No primeiro veículo, confirmam o que desconfiavam. Uma mulher, vítima de um sequestro-relâmpago, é libertada.
A vítima tinha acabado de sair de casa na cidade de Guarulhos, na Grande São Paulo, quando foi rendida pelos assaltantes, e levada a uma rua na zona norte da capital. No local, foi obrigada a usar o Pix e transferir dinheiro para contas indicadas pelos criminosos. Uma pessoa que passava pelo local viu o carro parado, a movimentação, ficou desconfiada e ligou para a polícia.
A primeira equipe a chegar não sabia o que estava acontecendo. "Os policiais demonstraram ali conhecimento técnico e frieza para poder identificar os marginais e encontrar a vítima dando a principal coisa, salvando vidas", afirma o comandante Gentil Carvalho Júnior.
Os quatro suspeitos foram presos. Tinham um revólver e uma máquina para receber pagamentos com cartões. Segundo a Polícia Civil, a quadrilha já havia feito pelo menos outros dois sequestros-relâmpago. Os assaltantes foram reconhecidos pelas vítimas. A delegada diz que houve uma mudança nesse tipo de crime com o surgimento do Pix para fazer transferências.
"Antigamente, eles sequestravam a pessoa, retinham, levavam até o caixa. Pra eles agora ficou um pouco mais fácil. Eles simplesmente fazem isso dentro da própria residência da pessoa ou simplesmente levam pra um lugar ermo pra fazer o Pix", afirma a delegada Fabiana Sena Angerani.