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Funcionários do Metrô rejeitam a possibilidade de uma nova greve

Uma grande manifestação foi confirmada para segunda (9) em frente à sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos

São Paulo|Letícia Dauer, do R7


Movimento intenso na estação da Luz no dia da greve
Movimento intenso na estação da Luz no dia da greve

Funcionários do Metrô rejeitaram a possibilidade de uma nova greve após assembleia extraordinária realizada no Sindicato dos Metroviários de São Paulo na noite desta quinta-feira (5).

Entre os metroviários que participaram da decisão, 49,8% votaram contra a nova greve. Outros 46,7% escolheram a paralisação, e houve 3,5% de abstenção.

Os metroviários ainda agendaram uma manifestação para a próxima segunda-feira (9), com horário a confirmar, reunindo outros sindicatos aliados e movimentos sociais, em frente à sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, no centro da capital.

Confusão

No início da reunião, a presidente do Sindicato dos Metroviários, Camila Lisboa, explicou que a diretoria cometeu um erro na última votação na terça-feira (3), pois a proposta mais votada não foi majoritária, isto é, não recebeu mais de 50% dos votos.


A alternativa que registrou mais votos — que recusava o agendamento de nova greve — teve somente 39% dos votos válidos.

Lisboa também reafirmou que o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não está apenas estudando os processos de privatização e terceirização do Metrô, da CPTM e da Sabesp, já está com o plano em ação.


Primeira paralisação

A decisão dos metroviários ocorreu dois dias após a paralisação do Metrô, da CPTM e da Sabesp de 24 horas contra os projetos do governo estadual para a privatização dessas empresas. Na última terça-feira, a greve trouxe transtornos à população, já que nove linhas deixaram de operar parcial ou totalmente.

A Prefeitura de São Paulo e o governo do estado decretaram ponto facultativo, e as aulas em escolas estaduais não aconteceram. O rodízio municipal de veículos também foi suspenso, e a frota de ônibus teve o reforço da operação Paese (Plano de Apoio entre Empresas em Situação de Emergência).


A capital chegou a registrar mais de 800 km de trânsito no horário de pico da tarde. Os passageiros foram os principais atingidos, aglomerando-se em ônibus e levando longos intervalos de tempo para realizar os deslocamentos.

No dia da greve, o governo classificou a paralisação como ilegal e abusiva e disse que ela é feita com objetivos políticos. "É absolutamente injustificável que um instrumento constitucional de defesa dos trabalhadores seja sequestrado por sindicatos para ataques políticos e ideológicos à atual gestão", declarou a gestão Tarcísio, em comunicado oficial.

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