São Paulo Sindicato dos motoristas de SP afirma que greve continua até decisão da Justiça sobre salário

Sindicato dos motoristas de SP afirma que greve continua até decisão da Justiça sobre salário

Julgamento do dissídio está marcado para quarta-feira (15), mas sindicato patronal e SPTrans tentam antecipação para hoje

  • São Paulo | Do R7

Sindicatos dos motoristas de SP afirma que greve continua até julgamento do dissídio

Sindicatos dos motoristas de SP afirma que greve continua até julgamento do dissídio

Divulgação / Sindmotoristas

O Sindmotoristas (Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Rodoviário Urbano) afirmou que a paralisação da categoria vai seguir até o julgamento do dissídio de greve pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho), previamente marcado para esta quarta-feira (15), às 15h.

O SPUrbanuss (Sindicato das Empresas de Ônibus de São Paulo) e a SPTrans solicitaram a antecipação da decisão judicial sobre o pagamento do reajuste salarial à categoria. O objetivo é por fim à greve antes do horário de pico da tarde.

“Nessa paralisação, estamos evidenciando a importância dos motoristas, cobradores e profissionais do setor de manutenção para o funcionamento da maior cidade da América Latina. Os patrões precisam reconhecer a essencialidade da categoria para o dia a dia de São Paulo”, afirmou o presidente em exercício do Sindmotoristas, Valmir Santana da Paz.

A greve começou à 0h e afeta 713 das 1.200 linhas que circulam por São Paulo. Apenas 487 operam normalmente. No entanto, de acordo com decisão da Justiça, 80% da frota deve estar em circulação nos horários de pico e 60% nos demais horários. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 50 mil.

A categoria quer aumento de 12,47%, que é a reposição da inflação, valor que foi oferecido pelas empresas, mas não houve acordo com relação à data de pagamento. Agora o juiz do TRT deverá estabelecer se o reajuste salarial será pago a partir da data-base, que é maio, como querem os funcionários, ou se a partir de outubro, como defendem as empresas.

Segundo o Sindmotoristas, até agora, oficialmente, não houve nenhuma manifestação do setor patronal.

Em nota, o SPUrbanuss lamentou a paralisação dos serviços de transporte e ressaltou que "as negociações estavam em bom andamento, com reuniões e discussões que se estenderam até a noite do dia 13. Apesar de as empresas darem o índice de correção dos salários reivindicado, 12,47%, os empregados se mostraram irredutíveis em continuar as negociações".

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou que vai pedir à Justiça aumento do valor da multa aplicada ao sindicato pela paralisação de ônibus que ocorre na cidade. A greve afetou 1,5 milhão de usuários do transporte público.

Já o Sindmotoristas contestou a informação de que está desrespeitando a liminar da justiça e disse que o setor patronal não apresentou nenhum plano de operação dos veículos.

"O planejamento logístico e estratégico da circulação dos ônibus é de responsabilidade exclusiva das empresas e da Secretaria de Transporte e não do sindicato. Diante da omissão das empresas, a adesão da greve foi tomada espontaneamente pelos trabalhadores. Ainda há veículos da frota, como os pertencentes ao sistema complementar, operando pela cidade e atendendo a população", ressaltou.

Demais benefícios, como fim da hora de almoço não remunerada, PLR (Participação nos Lucros e Resultados), fim do desconto no vale-refeição em caso de atestado médico e melhorias no plano de saúde, deverão ser debatidos em outra oportunidade.

Últimas