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Sindicatos organizam 'tratoraço' contra aumento de ICMS em SP

Protesto quer sensibilizar governo, já que reajuste vai ser repassado ao consumidor final e afetar a cesta básica

São Paulo|Do R7

Sindicatos e cooperativas organizam 'tratoraço' contra aumento de ICMS em São Paulo
Sindicatos e cooperativas organizam 'tratoraço' contra aumento de ICMS em São Paulo

Sindicatos rurais e cooperativas de mais de 50 municípios de São Paulo vão realizar, na próxima quinta-feira (7), um "tratoraço" em forma de protesto contra o aumento da cobrança de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) no Estado, afirmou o vice-presidente do Sindicato Rural de Araraquara e coordenador regional do Senar, João Henrique de Souza Freitas. Segundo ele, o evento é uma forma de tentar "sensibilizar o governo, já que o aumento do imposto vai ser repassado para o consumidor final e afetar diretamente a cesta básica da população."

A organização começou com a Faesp (Federação de Agricultura e Pecuária do Estado), segundo Freitas, que já vem atuando junto ao governo para que haja um recuo em relação aos decretos - o aumento da cobrança da carga tributária decorre da aprovação da Lei 17.293, em outubro de 2020, e a edição dos Decretos 65.253 a 65.255. "Até onde sabemos, ainda não houve nenhum êxito nessa negociação, por isso, vários outros municípios têm aderido ao movimento nos últimos dias e vamos realizar um tratoraço a partir das 7 horas da manhã na quinta-feira, em todas as regiões ao mesmo tempo", acrescentou.

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Além de Araraquara, municípios como Tupã, Piracicaba, Barretos, Adamantina e Jaboticabal também aderiram à manifestação. Nesta última, participam, por exemplo, a Coplana (Cooperativa Agroindustrial), a Socicana, o Sicoob Coopecredi e o Sindicato Rural da cidade.

Na semana passada, o setor de proteína animal, por meio da ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal) e da Abiec (Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes), já havia divulgado um documento com manifestação contrária ao aumento do imposto.

"Isso vai impactar toda a sociedade paulista em um momento tão desafiador, marcado por desemprego, pandemia, fim do auxílio emergencial, inflação em alta etc. Mas o governo paulista está irredutível em sua decisão, que vai transferir para a população e para o setor produtivo o rombo nas contas públicas que o próprio governo causou", afirmaram as entidades.

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