Os sogros da assistente social Márcia Martins Miranda teriam planejado o assassinato da nora, segundo suspeita do delegado Mário Sergio do DHPP (Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa).
Ela desapareceu no Butantã, zona oeste de São Paulo, no dia 2 de outubro e seu corpo foi encontrado em uma cova de 1,5 m de profundidade nos fundos de uma casa alugada por sua sogra, na tarde de segunda-feira (5).
Para a polícia, o caso chegou como desaparecimento, mas a partir das primeiras investigações a Polícia Civil percebeu que se tratava de um sequestro por parte dos parentes, disse o delegado.
Sogra é suspeita de enterrar corpo de mulher no fundo de casa
Segundo ele, o casal suspeito se confundiu demais durante depoimento. “Os depoimentos são absolutamente contraditórios. Para nós ficou muito nítido que eles mentiram.” O sogro é advogado e está preso. A sogra também está presa, ambos aguardam o fim das investigações. "Quem desenhou e executou o crime foi o casal", disse o delegado
A assistente social Márcia estava se separando do marido e, segundo o delegado, o divórcio foi “consensual, sem brigas, sem disputas, feito de forma serena e com tempo”. O casal havia decidido que abriria uma conta para cada um dos dois filhos, um de 4 anos e outra de 9 meses. Além disso, Márcia ganharia uma casa onde ficaria com as crianças.
As investigações indicam que ela teria ido encontrar os sogros em uma agência bancária no dia 2 de outubro, onde abririam as contas. Ao entrar no carro do casal, ela teria sido informada que iriam visitar a casa prometida, onde teria sido morta e enterrada.
Essa casa, porém, que fica no bairro Rio Pequeno, zona oeste de São Paulo, teria sido alugada pelos sogros duas semanas antes do ocorrido, segundo o delegado Mário Sergio. “Eles fizeram encomendas de material de construção e visitaram o local algumas vezes, tudo foi arquitetado com bastante cautela do casal.”
O delegado do DHPP informou que o corpo de Márcia estava enterrado em um buraco de 1,5 m de profundidade. A cova ainda foi coberta por duas camadas de concreto e um piso novo.
Ainda não há a causa da morte, o corpo ainda passa por exames necroscópicos.
*Estagiário do R7, com supervisão de Celso Fonseca