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‘Sou vítima, isso é uma palhaçada’, diz Cariani sobre suspeita de desvio de produtos químicos para tráfico

Nas redes, o influenciador publicou mais um vídeo para se defender das denúncias que levaram à Operação Hinsberg

São Paulo|Do R7


Cariani usou redes sociais para se defender
Cariani usou redes sociais para se defender

O influenciador fitness Renato Cariani, alvo nesta semana de uma operação do MPSP (Ministério Público de São Paulo) e da Polícia Federal, publicou nesta sexta-feira (15) mais um vídeo em que se defende das denúncias de participação em um esquema de desvio de produtos químicos para o tráfico.

Cariani disse que a empresa da qual é sócio, a Anidrol, é vítima da mesma forma que a multinacional AstraZeneca, que denunciou a emissão de notas fiscais, em 2017, referentes a movimentações de produtos químicos que não reconhecia como suas.

“A AstraZeneca é vítima, e eu sou também”, declarou Cariani. “Isso é uma palhaçada.”

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Sobre as denúncias de que a Anidrol teria recebido dinheiro em espécie em transações, Cariani foi enfático ao ressaltar que a empresa só recebe valores a partir de depósitos bancários que podem ser rastreados. O influenciador também afirmou que as 16 toneladas que teriam sido desviadas para organizações criminosas são irrisórias perto do fluxo de material da empresa.


“Nós movimentamos, produzimos, comercializamos, vendemos centenas de toneladas de produtos por mês. Nós estamos falando de uma empresa de 42 anos de história”, explicou Cariani. “Dezesseis toneladas em seis anos chegam a ser simbólico, desapercebido, dentro da logística de material que nós temos.”

O influenciador, que tem mais de 14 milhões de seguidores nas redes sociais, disse que a Operação Hinsberg e a imprensa “acabaram” com sua imagem, a “destruíram”, e que os vídeos produzidos nos últimos dois dias são uma tentativa de provar sua inocência “para quem está fechado” com ele.

“Terça-feira, 6h. Acordei com uma arma na minha cara, era a Polícia Federal cumprindo o mandado de busca. Em menos de 24 horas que recebi os autos, a minha defesa já estava pronta, porque estou com a verdade, meus amigos. Porque estou falando a verdade."

Operação Hinsberg

Na última terça-feira (12), a PF deflagrou a Operação Hinsberg, que leva o nome de um químico alemão do século 19. Entre as drogas encontradas estão grandes quantidades de fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. O esquema todo teria movimentado pelo menos R$ 6 milhões.

“Há cerca de um ano, apuramos 60 desvios de produtos químicos utilizados em empresas farmacêuticas para a emissão de notas fiscais e faturamento, só que essas empresas obviamente não tinham adquirido o produto”, afirmou o delegado Fabrízio Galli, chefe da delegacia de opressão às drogas.

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As investigações revelam que o esquema abrangia ainda a emissão de notas fiscais falsas para vender produtos químicos em São Paulo, com o uso de contas de "laranjas" — pessoas que emprestam seu nome a alguém com o fim de ocultar bens de origem ilícita ou incerta — e depósitos em espécie.

Os envolvidos também utilizavam diversos meios para esconder a procedência ilícita dos valores recebidos, como empresas de fachada.

Os suspeitos vão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação para fins de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. As penas combinadas podem ultrapassar 35 anos de reclusão — mas a Justiça brasileira limita a condenação a 30 anos.

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