SP bate recorde na média móvel de mortes pelo coronavírus
Apenas nas últimas 24 horas, o estado teve 617 vítimas fatais da doença; leitos de UTI estão próximos do colapso
São Paulo|Do R7
São Paulo atingiu nesta quarta-feira (17) uma média móvel de 421 mortes diárias pelo coronavírus, a maior desde o início da pandemia no Estado. O número leva em conta a média dos últimos sete dias. Apenas nas últimas 24 horas, foram 617 vítimas fatais da doença. Ainda nesta tarde, a ocupação em leitos de UTI destinados à covid chegou a 90,3%.
Paralelamente, a oferta dos leitos de UTI em São Paulo também está próxima ao colapso. De acordo com o secretário estadual de Saúde Jean Gorinchteyn, pelo menos 67 dos 105 municípios com vagas para tratamento intensivo já atingiram sua capacidade total. Hoje, o Estado já abriga um total de 10.756 pacientes em UTI, enquanto reportagem publicada pelo Estadão mostrou ainda que pelo menos 90 pessoas morreram na fila, aguardando vaga em 25 municípios paulistas.
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O Estado está na "fase emergencial" do Plano São Paulo, a mais restritiva até agora, desde segunda-feira. Durante coletiva de imprensa nesta tarde, o governador João Doria (PSDB) descartou a possibilidade de enrijecer ainda mais as medidas restritivas por ora, afirmando que essa decisão caberia à equipe Centro de Contingência da Covid-19. De acordo com o coordenador Paulo Menezes, ainda é necessário mais tempo para ver quais "resultados efetivos" serão alcançados com as medidas implementadas nesta semana.
Dados do governo de São Paulo apontam que, nesta quarta, o índice de isolamento no Estado estava em 43%, apenas um ponto acima do registrado ontem. Desde o início a pandemia, o Centro de Contingência tem alertado que a meta do Estado seria a de elevar essa taxa aos 60%, com 70% sendo o número ideal.
Em relação à semana epidemiológica anterior, São Paulo também já registra um aumento de 6,9% nos óbitos e 6,4% nas novas internações pela covid. Com os números desta quarta, o Estado atingiu um total 65.519 mortes e 2.243.868 casos da doença. A situação reflete o que acontece em todo o Brasil, que passa pelo seu período mais alarmante na pandemia. Ainda nesta terça-feira, 16, o País atingiu o recorde de 2.798 mortes pela doença em um dia, o equivalente a 116 óbitos por hora.