SP: coordenador diz que candidato alvo de ataque a tiro sofria ameaças

Após sofrer um atentado, o coordenador da campanha de Major Costa e Silva ao Governo de São Paulo, Capitão Hamilton da Silva Munhoz, afirmou em vídeo que o candidato vinha sofrendo ameaças por telefone e por escrito.

"Tem uma suspeita [de quem tenha cometido o atentado], com certeza. Isso que dá querer ser honesto e fazer um trabalho justo. E ele vinha sofrendo ameaças, média de quatro a cinco ameaças, não só por telefone, mas escritas também", relatou Munhoz. O vídeo foi gravado enquanto ele se recupera do atentado, sofrido na noite de quarta-feira (3).

A dupla voltava de um compromisso da agenda no ABC Paulista e, segundo Munhoz, iam para a residência do Costa e Silva. Próximo ao Rodoanel, foram vítimas de um atentado que, a priori, foi feito por quatro suspeitos em duas motos, segundo a campanha do candidato. "Eu virei o carro para que cessasse os tiros. Aí eu joguei o carro para a minha direita. O carro veio a capotar e caiu dentro da água", lembrou.

Em seguida, ele lembra que houve tiro, capotamento e afogamento. Questionado sobre como saíram da água, Munhoz disse que o candidato é muito habilidoso e, por isso, conseguiu disparar contra o vidro e, então, conseguiram escapar. Ambos estavam com coletes à prova de balas.

Após o atentado, os dois foram encaminhados ao Hospital Santa Helena, em Santo André, na região metropolitana paulista. Em nota, a instituição informou que ambos estão conscientes, em bom estado de saúde e sem perfuração por arma de fogo. Comunicou também que estão sob monitoramento da equipe de trauma, uma vez que se queixavam de dores no corpo, recorrentes do acidente automobilístico, mas no geral estão bem.

Eleição

O candidato tem 41 anos e é major do Exército. Segundo pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Ibope, o Major Costa e Silva é o quinto colocado para o Governo paulista, com 3% das intenções de voto.

De acordo com informações do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), uma das propostas de governo de Costa e Silva é "o resgate e a proteção dos valores éticos da família e a satisfação plena de suas necessidades".

O candidato não tem nenhum bem declarado no TSE e recebeu um total de R$ 25.358,00 para a campanha.

Outro Lado

Procurada pela reportagem, a SSP (Secretaria de Segurança Pública) informou por meio de nota que a Delegacia de Ribeirão Pires investiga o caso por meio de inquérito policial. "As vítimas serão ouvidas e todas as circunstâncias do fato estão sendo apuradas", comunicou a pasta, reafirmando que "diligências estão em andamento visando identificar e prender os autores.",

Por meio de telefone, a assessoria comunicou que não encontrou nenhum boletim de ocorrência em relação as ameaças, tampouco foi solicitado reforço policial para a campanha.