Um suspeito morreu em um suposto confronto com policiais militares dentro da favela Heliópolis, na zona sul de São Paulo, durante um baile funk, na madrugada de domingo (01). O caso ocorreu no mesmo dia em que nove jovens morreram durante uma ação da PM contra um baile que ocorria na favela de Paraisópolis.
De acordo com corporação, policiais que participavam da Operação Anchieta, que acompanharia um grupo de ciclistas que iriam pedalar até Santos, foram acionados para dar apoio a viaturas que estavam perseguindo um suspeito em uma moto.
O motociclista entrou na favela Heliópolis e foi em direção a uma viela onde ocorria um baile funk. Quando os policiais se aproximaram da aglomeração foram recebidos com garrafadas e pedradas.
Ainda segundo a PM, foi preciso dispersar a multidão usando munição química e balas de borracha. Nesse momento, um homem com uma arma atirou contra os policiais, na rua do Pacificador. Na troca de tiros, o suspeito foi baleado, socorrido e levado ao Hospital Heliópolis, onde morreu.
O caso foi registrado como resistência, posse ou porte de arma de fogo de uso restrito e homicídio simples consumado - morte decorrente de intervenção policial.
Veja também: Moradores de Paraisópolis divulgam novas imagens de agressões de PM
PMs de ação em Paraisópolis podem voltar às ruas a qualquer momento
As investigações estão em curso no DHPP - Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa.
A Agência Record entrou em contato com o Copom - Central de Operações da Polícia Militar - que informou que apenas a Secretaria de Segurança Pública vai se pronunciar sobre a morte na favela de Heliópolis.
A SSP não respondeu à solicitação da Agência Record até a publicação desta reportagem.
Tumulto e agressões
Assim como ocorreu em Paraisópolis, moradores de Heliópolis acusam policiais militares de agredir frequentadores do baile funk que ocorria na comunidade.
Os moradores também alegam que um vídeo que mostra PMs, com cassetetes, em uma viela agredindo moradores foi gravado dentro da comunidade de Heliópolis. Inicialmente, essas imagens foram divulgadas como se tivessem sido gravadas durante a ação da corporação em Paraisópolis.