SP pretende endurecer as regras de circulação para conter superlotação das UTIs
Roberto Costa/Código19/Estadão Conteúdo – 10.03.2021São Paulo cogita adotar a fase roxa, mais restritiva que a atual fase vermelha que impera em todo o estado, para os serviços essenciais, como supermercados, farmácias, padarias, indústrias, eventos esportivos e até escolas. Duas fontes ouvidas pela reportagem confirmaram que o assunto está sobre a mesa, mas não deve se anunciado nesta quarta (10) por falta de consenso.
O Centro de Contingência do Coronavírus, um grupo de 20 membros do governo e especialistas, criado pela gestão Doria para monitorar e tomar decisões em tempo real durante a pandemia, está dividido. Por isso, o tucano poderá sinalizar alguma mudança nos próximos dias, mas não deverá adotar a medida na conversa com jornalistas hoje à tarde.
Doria, porém, deverá acatar a recomendação do MP-SP (Ministério Público de São Paulo), que sugeriu a suspensão, durante a fase vermelha do Plano São Paulo, de atividades religiosas coletivas e partidas de futebol - o que impacta diretamente todas as divisões do Campeonato Paulista. O pedido é assinado pelo procurador-geral de Justiça, Mario Sarrubbo.
Abertas como nos países europeus, mesmo em fases mais rígidas de circulação de pessoas, as escolas também estão na pauta do governo paulista e podem fechar. Com isso, São Paulo poderia decidir sobre o futebol, atividades religiosas e escolas antes de anunciar a fase roxa, durante essa semana.
Ao menos 19 hospitais do estado estão com 100% da UTIs lotadas e não recebem mais pacientes. Até a última terça-feira (9), 30 pessoas contaminadas com o coronavírus morreram no estado de São Paulo em decorrência da falta de UTIs.