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SP: família de motoboy luta para reverter prisão considerada injusta

Preso há uma semana, rapaz, de 21 anos, estaria a cerca de 10 km do assalto no qual foi reconhecido, ocorrido em outubro de 2020

São Paulo|Do R7, com informações da Record TV

Ricardo, de 21 anos, estaria a 10 km do local do assalto em que foi acusado
Ricardo, de 21 anos, estaria a 10 km do local do assalto em que foi acusado

A família de um motoboy de 21 anos luta pra provar a sua inocência no crime pelo qual foi preso no dia 21 de janeiro deste ano — junto com outros quatro jovens — acusado de assaltar uma motorista que estava parada no trânsito da avenida do Estado, na região central de São Paulo.

O sistema de rastreamento da moto utilizada pelo rapaz para trabalhar teria indicado que ele estaria em outro local, no bairro da Lapa, na zona oeste da capital paulista, a cerca de 10 km de distância no horário em que o roubo foi praticado — às 11h06 do dia 23 de outubro de 2020, conforme consta a data do crime no boletim de ocorrência.

Além disso, os proprietários das lojas por onde Ricardo passou naquele dia deram declarações à polícia confirmando que o motoboy estava com eles no horário do roubo.

Imagens mostraram o carro da vítima sendo atacado por dois homens. Os ladrões bateram no vidro. Um deles tinha uma arma na mão. Mas, o trânsito anda e a mulher consegue sair dali.


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O motoboy e os outros jovens foram levados para o 5º DP (Aclimação), no centro de São Paulo. Uma investigação sobre uma quadrilha que praticava assaltos a motoristas na região, principalmente mulheres, já estava em andamento.

Segundo o delegado, a vítima reconheceu dois homens que tentaram assaltá-la algumas semanas atrás. Mas, a mulher disse também ter reconhecido Ricardo por outro assalto que ocorreu em outubro do ano passado.


"A ficha ainda não caiu. Não sei como a pessoa pode estar num lugar e ser acusado de ter cometido assalto. Isso é uma injustiça", desabafa Edlane Rodrigues Silva, mãe do motoboy Ricardo. "A princípio, [estamos] anestesiados, sem entender. Daí, lembramos que a moto tem seguro. Fui procurar conversas e tudo que achamos. Fomos juntando provas. Ele não estava no local", complementou.

Para o advogado criminalista Pedro Iokoi, a forma como foi feita a prisão pode ser irregular. "Depois da hipótese de flagrante, daquele momento que o crime foi cometido, passaram-se dois dias, três dias, quatro dias, você não pode mais levar as pessoas à força à delegacia".

O que dizem as autoridades da segurança pública paulista?

Em nota, a SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública de São Paulo) disse que o suspeito foi preso após investigação e que a autoridade policial solicitou a prisão preventiva, decretada posteriormente pela Justiça. A pasta não comentou as alegações da família de que o motoboy é inocente

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