SP: Polícia encontra carne vencida que seria servida em hospitais
Entre os mantimentos localizados na mansão, havia pedaços de carne vencida separados para o preparo de marmitas para pacientes
São Paulo|Do R7, com informações da Record TV
A Polícia Civil encontrou uma grande quantidade de comida vencida em uma casa em um condomínio de luxo em Arujá, município da Região Metropolitana de São Paulo. Os alimentos seriam usados no preparo de marmitas para pacientes de dois hospitais públicos da cidade.
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A casa é propriedade do chefe de um grupo criminoso investigado pela Polícia Civil. Por meio de empresas de fachada, o suspeito fornecia serviços de alimentação e almoxarifado para os hospitais.
Em um vídeo gravado durante a realização da operação, é possível ver a cozinha industrial onde os alimentos para os pacientes eram preparados. Entre os mantimentos encontrados no local, estavam diversos pedaços de carne vencida separados para o preparo.
O local não seguia nenhuma das regras determinadas pelas autoridades sanitárias e, durante a ação, um dos agentes encontrou uma barata morta no local. A casa também armazenava outros produtos, tampas e recipientes para marmitas, materiais odontológicos e artigos de papelaria.
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No momento da chegada dos agentes, a casa estava vazia. O responsável pelo preparo dos alimentos conseguiu fugir por uma porta falsa que escondia uma rota de fuga. Os alimentos e um carro usado na distribuição das refeições foram recolhidos.
As apreensões são desdobramento da operação feita pela Polícia Civil no dia 3 de junho. Durante sete meses, a polícia investigou um grupo criminoso sob o comando do dono da casa. O dinheiro vindo do crime organizado era investido em empresas de fachada.
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Entre elas, clínicas médicas que também teriam como função prestar socorro a integrantes da facção baleados durante confrontos.
Em 12 cidades do estado de São Paulo, foram apreendidos carros de luxo, uma moto aquática, armas e munição. Ao todo, 12 pessoas foram presas suspeitas de envolvimento no esquema, que movimentava cerca de R$ 6 milhões por mês.
Entre os detidos estava o ex-secretário de segurança pública de Arujá, Carlos Roberto Vissechi.