São Paulo SP: Policial perde cargo após agredir e torturar 4 pessoas em plantões

SP: Policial perde cargo após agredir e torturar 4 pessoas em plantões

Atos do policial civil contra três menores e um adulto ocorreram em 2015, durante plantões em delegacia seccional de Campinas

  • São Paulo | Do R7

Caso ocorreu em 2015, em delegacia de Campinas (SP)

Caso ocorreu em 2015, em delegacia de Campinas (SP)

Reprodução/Google Street View

Um policial civil de Campinas (SP) perdeu seu cargo, teve os direitos políticos suspensos e está proibido de contratar o poder público pelos próximos cinco anos, após agredir e torturar quatro pessoas, entre elas três menores de idade, durante plantões que realizou em 2015. O agente também terá de pagar multa de dez vezes seu último salário como servidor público.

A ação por improbidade administrativa havia sido proposta pelo MP-SP (Ministério Público de São Paulo) e foi aceita pela Justiça paulista.

“Importante destacar, ainda, que todas as testemunhas de acusação narraram ter sofrido as mesmas agressões, narrando de maneira pormenorizada, o modus operandi do réu, não tendo a defesa do requerido André Dionísio conseguido rebater tais informações. Os elementos de prova, dessa forma, são robustos e irrefutáveis no sentido de que o réu agrediu e torturou as vítimas na ocasião em que, presas em flagrante delito, foram encaminhadas à delegacia onde o réu, policial civil, prestava serviços em regime de plantão”, escreveu o juiz Luiz Mario Domingues.

Segundo o promotor Angelo Santos de Carvalhaes, o policial André Dionísio praticou agressões físicas e tortura contra as vítimas ao longo de seu trabalho na 2ª Delegacia Seccional de Polícia de Campinas.

Para o MP, a conduta do policial está na contramão das regras do ordenamento jurídico, sobretudo sobre as carreiras da Polícia Civil.

“O requerido foi desleal com a Administração Pública, pois infringiu o dever funcional que lhe fora confiado, extrapolando suas funções e agindo de maneira incisiva sobre um preso e adolescentes apreendidos que eram de sua responsabilidade”, escreve o órgão.

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