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SP tem 150 policiais civis afastados por covid-19 no Estado, diz sindicato

Segundo Sindpesp, que representa parte da categoria, produtos de higienização começaram a ser entregues nesta quinta-feira (2) em delegacias

São Paulo|Cesar Sacheto, do R7

Policiais civis receberam produtos de higiene com atraso, diz Sindpesp
Policiais civis receberam produtos de higiene com atraso, diz Sindpesp

O Sindpesp (Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo) afirmou, nesta quinta-feira (2), que há ao menos 150 policiais civis afastados das atividades em todo o Estado por suspeita de terem contraído o novo coronavírus. Segundo a entidade, o crescimento dos casos foi agravado pela demora na distribuição de produtos de higienização aos agentes públicos.

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A delegada Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, presidente do Sindpesp, disse que houve um grande atraso na entrega do material essencial para a proteção contra a covid-19, como máscaras e, álcool gel, que começou efetivamente nesta quinta-feira nos estabelecimentos subordinados ao Decap (Departamento de Polícia Judiciária da Capital).

"Quando ficou claro que o Estado não tomaria as precauções necessárias tempestivamente para resguardar os policiais, ingressamos com uma ação na Justiça para obrigar o governo a tomar medidas como distribuição de material de proteção, funcionamento das delegacias apenas para casos indispensáveis, quarentena para policiais em grupo de risco e incentivo ao funcionamento da delegacia eletrônica. O mais absurdo é que mesmo com a sentença judicial, o Estado não tomou essas medidas, praticamente se limitando a fazer uma campanha para o uso do BO [boletim de ocorrência] eletrônico", criticou a delegada Raquel Kobashi Gallinati Lombardi, presidente do Sindpesp.


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Na semana passada, o governador João Doria (PSDB) havia anunciado a ampliação dos registos via internet para reduzir o atendimento nos distritos policiais em todo o Estado - e, consequentemente, aglomerações - por meio da utilização da delegacia eletrônica em praticamente todos os tipos de casos, com exceção aos crimes de homicídio, latrocínio, estupro e violência doméstica.

"Não basta o governo deixar a critério da população decidir pelo BO presencial ou eletrônico para a proteção de todos, policiais e população. Tudo precisa ser encaminhado obrigatoriamente para o registro via internet, com as delegacias funcionando somente para os casos onde a atuação imediata do policial é indispensável", complementou a delegada.


Outro lado

A reportagem do R7 enviou um e-mail à SSP-SP (Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo) com questionamentos em relação às denúncias feitas pelo sindicato dos delegados paulistas.

Em nota, a pasta informou que todo policial com suspeita ou diagnóstico do covid-19 está devidamente afastado, conforme orientações do Comitê de Contingência do Coronavírus e a instituição acompanha seu quadro clínico, fornecendo todo o suporte necessário para sua recuperação.

A SSP-SP também tem adotado todas as medidas necessárias para garantir a proteção acerca do covid-19, como aquisição e distribuição de novos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), máscaras e luvas, para os servidores e agentes de segurança. Neste momento, 0,5% do efetivo das polícias do Estado está afastado.

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