SP vai entregar 21 milhões de doses de vacinas ao ministério em março
Segundo o governo, quantidade representa 17% a mais do que o previsto. Até abril, previsão é de que sejam entregues 46 milhões
São Paulo|Do R7
O governo do estado de São Paulo anunciou, nesta segunda-feira (1º), que vai entregar 21 milhões de doses da vacina CoronaVac ao Ministério da Saúde para a imunização da população no mês de março. O valor, segundo o governo, representa 17% a mais do que o previsto inicialmente. "Isso porque o Instituto Butantan aumentou o tempo de produção e está operando sete dias por semana, 24 horas por dia." Até o final de abril, a previsão é de que seja realizada a entrega de 46 milhões de doses e até 30 de agosto, 54 milhões de doses.
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O governador João Doria (PSDB) afirmou ainda que chegarão, na quinta-feira (4), a São Paulo 8 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo), provenientes da China. A matéria prima chegará pelo Aeroporto Internacional de Guarulhos e será utilizada para a produção de 14 milhões de imunizantes. Segundo o governo paulista, na quarta-feira (3), 900 mil doses de vacinas prontas e envasadas serão entregues ao Ministério da Saúde.
De acordo com o secretário estadual de saúde, Jean Gorinchteyn, as taxas de ocupação de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na Grande São Paulo é de 74,3% e no Estado, de 73,2%. Além disso, a atual semana epidemiológica registrou 14,7% a mais de internações de UTI e enfermaria por covid-19 do que no pico da primeira onda, em julho do ano passado.
O coordenador executivo do Centro de Contingência da Covid-19, João Gabbardo, afirmou que o momento que o país vive em meio a segunda onda da doença é crítico. "O país inteiro está colapsando, então não é mais possível que as medidas fiquem na responsabilidade apenas dos gestores estaduais, governadores e prefeitos. É impossível que a gente fique nessa pandemia sem uma unificação de conduta, do que pode e o que não pode", diz.
"O Ministério da Saúde tem que assumir as responsabilidades desse processo, deve dizer a partir de agora que está proibido qualquer tipo de aglomeração e evento, o toque de recolher a partir das 20h em todo o país, o fechamento das praias por um determinado período, o reconhecimento de um estado de emergência e um plano nacional de comunicação. Isso é fundamental para que tenhamos algum resultado daqui para frente."
Fase laranja
A Grande São Paulo entra, a partir desta segunda-feira (1º), na fase laranja do plano de flexibilização econômica. Nesta etapa, a segunda mais restritiva, não é permitido o funcionamento de bares, e restaurantes podem abrir somente até as 20h.
De acordo com o Centro de Contingência da Covid-19, nessa fase academias, salões de beleza, restaurantes, cinemas, teatros e parques estaduais ainda podem funcionar. As atividades estão liberadas por até oito horas diárias, e a capacidade de público é de 40%. Porém, todos os estabelecimentos devem encerrar o atendimento presencial às 20h. O consumo local em bares ainda fica proibido neste estágio.
Além da Grande SP, as regiões de Campinas, Registro e Sorocaba regrediram para a fase laranja. Já Marília e Ribeirão Preto recuaram para a etapa vermelha. O anúncio ocorreu durante coletiva de imprensa do governo paulista da sexta-feira (26), no Palácio dos Bandeirantes, na capital.
Na Grande São Paulo, a ocupação de leitos de UTI para pacientes com covid-19 é de 70,8%, ultrapassando as cifras do próprio estado, que registra 70,4% de ocupação de leitos. Atualmente, 76% da população do Estado vive em regiões da fase laranja.
O secretário de Desenvolvimento Regional, Marcos Vinholi, pediu o empenho de todas as prefeituras para a aplicação das medidas previstas no Plano São Paulo e das regras estabelecidas pelo toque de restrição. "Mais regiões do interior foram impactadas e houve um avanço da pandemia na Grande São Paulo", afirmou.