SP voltará à etapa vermelha depois de 28 dias na fase emergencial
Mudança será na segunda-feira (12). Após 21 dias acima dos 90%, ocupação de UTIs está em 89,8% no estado e em 89% na Grande SP
São Paulo|Daniela Salerno, da Record TV
Após passar 28 dias sob as regras da etapa emergencial do Plano São Paulo, o estado voltará à fase vermelha de flexibilização econômica na próxima segunda-feira (12). No entanto, a gestão Doria vai impor novas restrições além daquelas já estabelecidas anteriormente na etapa vermelha, que vai vigorar até o dia 18 de abril.
Haverá restrição de atendimento presencial em todos os serviços essenciais, o toque de recolher será mantido das 20h às 5h e terá reforço da fiscalização sobre eventos e aglomerações, além da recomendação para escolonar a entrada e saída de trabalhadores da indústria, serviços e comércio, obrigatoriedade do teletrabalho e a proibição de celebrações religiosas.
Os detalhes da decisão, confirmada antecipadamente por duas fontes à reportagem da Record TV, foram anunciados nesta sexta-feira (9) durante a apresentação do governo paulista. A entrevista de hoje não teve o governador João Doria, mas contou com o vice-governador de SP, Rodrigo Garcia, além de secretários de estado e membros do comitê da covid-19.
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O Centro de Contingência do Coronavírus, que faz avaliações diárias sobre o número de casos, internações e mortes, havia recomendado ao governo a extensão da fase emergencial por pelo menos mais uma semana.
A mudança impacta também na data para o retorno das aulas presenciais na capital paulista. Agora, com essa decisão de migrar para a fase vermelha, as escolas do município, públicas e particulares, poderão receber alunos já na segunda (12).
Na terça-feira (6), o Estado de São Paulo voltou a ter, após 50 dias, o número de novas internações em UTIs (unidades de tarapia intensiva) menor do que a quantidade de altas. A informação foi publicada pelo coordenador-executivo do Cento de Contigência de Combate ao Coronavírus do Governo de São Paulo, João Gabbardo, nas redes sociais.
"Começa a reduzir a pressão sobre o sistema de saúde. Mas, todo cuidado nos próximos dias é extremamente importante", escreveu Gabbardo. De acordo com o governo, na segunda-feira (5), 29.510 pessoas com covid-19 estavam internadas no Estado, sendo 12.963 em leitos de UTI e outras 16.547 em enfermaria, quando as taxas de ocupação dos leitos de unidades de terapia intensiva estavam em 90,7% no Estado e de 90,6% na Grande São Paulo.
Conforme as atualizações desta quinta-feira (8), às 18h, desde o início da pandemia, São Paulo já registrou 80.742 mortes e 2.597.366 casos. Isso representa uma taxa de 5.656,4 casos e 175,8 mortes a cada 100 mil habitantes, de acordo com o Ministério da Saúde.