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Suspeito de mandar bomba a ex deve se apresentar nesta sexta (8)

Segundo familiares, ele foi para o litoral, mas voltaria para falar à polícia de SP. Vítima sofreu queimaduras e teve casa destruída

São Paulo|Do R7

O principal suspeito de ter enviado um buquê acompanhado de um pacote com explosivos para a casa da operadora de telemarketing Edileuza Santos, de 49 anos, deve se apresentar nesta sexta-feira (8) em São Paulo. Familiares disseram à polícia que ele foi para o litoral, mas disse que voltaria nesta sexta para falar sobre o caso. 

Edileuza sofreu queimaduras de terceiro grau e teve a casa destruída
Edileuza sofreu queimaduras de terceiro grau e teve a casa destruída

O suspeito chegou a mandar mensagens para o filho da vítima, falando que viu o que aconteceu com Edileuza em uma reportagem e afirmou "eu não tenho nada a ver com história, estou de férias".

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Ele foi reconhecido pelas funcionárias da floricultura que forneceu o buquê como autor do crime. A dona e uma funcionária do estabelecimento, localizado em Franco da Rocha, na Grande São Paulo, disseram que o suspeito esteve três vezes no local.

A primeira visita foi para saber se era possível, além de encomendar flores, entregar junto um presente, que ele mesmo levaria. Dois dias depois, voltou. Escolheu o buquê de rosas, pagou e saiu para busca a encomenda. Mais tarde, levou um caixa com o suposto presente que, na verdade, guardava a bomba.


Segundo as testemunhas, o motoboy que fez a entrega é terceirizado e ficou chocado ao saber do crime pela TV. "Ele ficou nervoso, que ele falou: 'se eu passo numa lombada e aquilo explode nas minhas costas?'", contou a funcionária da floricultura à Record TV.

O homem é um ex-namorado de Edileuza, com quem ela terminou um relacionamento ao descobrir que era casado. A mulher do suspeito foi ouvida. Disse que eles estavam separados, mas ainda moravam na mesma casa. Segundo ela, recentemente o suspeito estava dedicado a construir algo, que ele disse ser uma "gambiarra". A mulher também disse ter visto diversas caixas com palitos de fósforos e caixas de fogos de artifício em um dos cômodos da casa que ele ocupava.


Ameaças

Edileuza vítima de explosão em Francisco Morato
Edileuza vítima de explosão em Francisco Morato

Edileuza disse à Record TV que vinha sofrendo ameaças e se preparava para ir à delegacia. "Ele já estava me ameaçando, já tinha falado que ia me achar que qualquer jeito. Tanto que na terça-feira eu ia fazer o b.o. Eu cheguei a falar com a minha sobrinha: 'acho que eu vou ter que fazer um B.O., pq estou com muito medo'".

O pacote endereçado à Edileuza chegou no último sábado (2), entregue por um motoboy em sua casa na rua Ulisses Guimarães, no Jardim Professor Morato, em Francisco Morato, na Grande São Paulo. O suposto presente, no entanto, só foi aberto na terça-feira (5), após a vítima voltar de uma viagem ao litoral. Ao abrir o embrulho, ela percebeu a presença de fumaça saindo do pacote e, na sequência, houve a explosão.


O estado de saúde e Edileuza é estável. Segundo Jhonata dos Santos, filho da vítima, ela teve a audição afetada e um dos estilhaços entrou no olho dela. Edileuza também teve queimaduras de terceiro grau nos braços e recebeu pontos no queixo e na barriga.

Campanha

O filho e a nora da vítima criaram um perfil @ajudaedileuza nas redes sociais criado para arrecadar doações. Eles pedem qualquer valor em dinheiro ou mesmo doação de telhas e portas. A preocupação é conseguir organizar a casa, que ficou destruída para receber a mãe quando sair do hospital. "Não temos estimativa de valor. Só queremos ajuda com telhas e portas, nós mesmos colocamos. É mais pra arrumar a casa, pra quando ela tiver alta, poder entrar, né. Tá tudo destruído, não tem como ela vir pra casa", conta o filho da vítima.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio qualificado e é investigado pela delegacia de Francisco Morato. "Ele a estaria constrangendo, inistindo para que discutissem a relação. Queria saber o motivo do término, ela o bloqueou e ele persistiu enviando e-mails a ela ", afirmou a delegada Marilda Romani, da Delegacia de Francisco Morato, responsável pelas investigações.

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