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Tarcísio não tem um projeto efetivo contra a violência em São Paulo

Mesmo para padrões de insegurança que todos conhecem há tempos, é inédito o pesadelo a que estamos submetidos no estado

São Paulo|Marco Antonio Araujo, do R7

O governo divulga dados otimistas sobre o combate à violência, mas a sensação de insegurança aumenta
O governo divulga dados otimistas sobre o combate à violência, mas a sensação de insegurança aumenta

Todo mês, a Secretaria Estadual de Segurança Pública faz um balanço da violência e da criminalidade em São Paulo. É uma beleza. Lá estão números e estatísticas de um otimismo comovente. A população paulista deveria estar muito feliz e saltitante com o trabalho que vem sendo feito por Tarcísio de Freitas. Deveria, não fosse um detalhe: nenhum cidadão acredita que estamos seguros.

Todo mundo sabe: vivemos um dos períodos em que a sensação de insegurança dominou os corpos e as almas de quem vive, diariamente, em meio a um cenário de medo constante, visível nas ruas, das janelas dos carros e ônibus, ao pensar nos filhos na escola, ao irmos ao trabalho ou voltarmos dele. O tempo inteiro.

Por mais que o governador diga que está cuidando de nossas vidas e trabalhando contra o crime organizado e os zumbis que estão se tornando cada vez mais assaltantes e assassinos, uma verdade se impõe: o Governo de São Paulo não tem um programa, um projeto, um caminho, uma proposta para diminuir a violência que nos tira a paz e, muitas vezes, a dignidade de estar vivo.

O apocalipse que tomou conta do centro da cidade de São Paulo é assustador. Até mesmo para os padrões que todos conhecemos há muito tempo, é inédito o pesadelo a que estamos submetidos. Roubos, assaltos, crianças e adolescentes agindo em bando, a venda e o consumo de drogas a céu aberto — a absoluta falta de perspectivas, por mais viaturas e policiais que as autoridades jurem que estão colocando à serviço do povo trabalhador.

O governo enxuga gelo, prende sua cota diária de bandidos; a Justiça solta sua porção cotidiana de pés de chinelo e agressores. E nós, cidadãos, sabemos que amanhã o medo continuará à espreita. E todo mês, novas estatísticas virão, para dizer que estão no caminho certo. Mentira. Nem caminho há.

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