Terceirizados de aeroporto são presos por desvio de mercadorias
Bens apreendidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em SP, que deviam ser destruídos eram desviados há um ano e meio
São Paulo|Stéphanie Nascimento, da Agência Record
Três homens que trabalhavam no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo, foram presos na noite de quinta-feira (1), por desvio de mercadorias.
A Deatur (Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista) iniciou uma investigação e constatou que há um ano meio os três funcionários terceirizados desviam as mercadorias apreendidas que deveriam ser destruídas. A delegacia soube dos desvios por meio de uma denúncia.
Segundo o delegado Luiz Guerra, que conduziu as investigações, um dos suspeitos trabalhava para a concessionária GRU Airport, que administra o aeroporto, e dois eram funcionários de uma empresa terceirizada que prestava serviço para a GRU.
Durante as buscas em uma das casas dos detidos foram encontrados dezenas de relógios, óculos, pacotes de cabelo humano, perfume entre outras coisas.
O caso segue em investigação pela Deatur (Delegacia Especializada em Atendimento ao Turista).
Por meio de nota, a Receita informou que "a prisão em flagrante realizada pela Polícia Civil envolvendo terceirizados da concessionária do Aeroporto de Guarulhos, realizada nas últimas horas, não tem relação com servidores ou funcionários terceirizados da Receita Federal".
Ainda conforme o comunicado da Receita, "segundo informação da Polícia Civil, no local da prisão em flagrante, foram encontrados produtos provavelmente oriundos de destruição de mercadorias apreendidas pela Alfândega da Receita Federal no aeroporto. As autoridades policiais informaram também que suspeitam que os produtos eram desviados pelos funcionários terceirizados no momento da destruição".
Por fim, disse que "está colaborando com as investigações, que ainda estão em curso, mas não recebeu informações detalhadas sobre o caso".
Segundo informação da Polícia Civil, no local da prisão em flagrante, foram encontrados produtos provavelmente oriundos de destruição de mercadorias apreendidas pela Alfândega da Receita Federal no aeroporto.
A GRU Airport também se pronunciou por meio de nota.
Leia na íntegra:
"A GRU Airport informa que preza pela segurança de todo o sítio aeroportuário. Reforça que possui monitoramento por mais de 2 mil câmeras e mantem controle de segurança de acesso em todas as áreas. Esse controle identifica horário de entrada e saída e os espaços frequentados pelos funcionários. Além disso, o aeroporto exige que todos os funcionários usem o colete de identificação nas áreas restritas. Esse procedimento é de fundamental importância para apoiar as investigações dos órgãos de segurança do aeroporto e garante a identificação dos suspeitos."