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Tinder vai criar canal de comunicação com a polícia para informar dados de sequestradores

Medida atende à solicitação do Ministério Público de São Paulo, após instauração de inquérito, e será implementada em 10 de julho

São Paulo|Letícia Dauer, do R7

Tinder é utilizado na prática do golpe do amor
Tinder é utilizado na prática do golpe do amor Tinder é utilizado na prática do golpe do amor

Após o MPSP (Ministério Público de São Paulo) instaurar um inquérito civil, o Tinder vai criar um canal de comunicação direto com a Polícia Civil para informar dados de sequestradores. A previsão é de que a medida seja implementada em 10 de julho. A informação foi divulgada pelo órgão nesta quinta-feira (6).

Desde o início de 2021, a plataforma vendo sendo utilizada, em São Paulo, como uma ferramenta na prática do famoso golpe do amor por criminosos a partir da criação de perfis falsos. Nesse tipo de crime, as vítimas marcam encontros por meio de aplicativos de relacionamentos e acabam sendo sequestradas.

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De acordo com o delegado Eduardo Bernardo Pereira, titular da 1ª DAS (Divisão de Antissequestro), analisando os casos dos últimos dois anos, o Tinder é o aplicativo de relacionamento mais utilizado pelas quadrilhas, por ser o mais conhecido entre os usuários.

Ao longo desse período, a Polícia Civil vem enfrentando dificuldades para obter informações dos perfis falsos criados pelos sequestradores, devido à falta de diálogo com a empresa. Em razão desse cenário, o Gaesp (Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública), do MPSP, instaurou um inquérito civil, em maio.

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Após entrar em acordo, o Tinder aceitou a proposta do órgão e anunciou a implementação de um canal de comunicação em língua portuguesa, funcionando 24 horas por dia e sete dias por semana, para atender a autoridades policiais, promotores de Justiça e juízes.

"Por meio da ferramenta, será possível solicitar informações pertinentes à persecução penal [requisição de dados, cumprimentos de ordem judiciais, etc]. O objetivo é viabilizar respostas mais rápidas a requisições relativas a dados associados à localização de vítimas de crimes em andamento e de agentes criminosos responsáveis pela sua prática, observados os parâmetros fixados no Marco Civil da Internet e na legislação correlata", informou o MPSP em nota.

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A Match Group, a empresa de tecnologia dona da marca Tinder, reforçou que, nos próximos meses, vai criar "um novo canal de colaboração para o compartilhamento de dados com as autoridades brasileiras a fim de ajudar a simplificar e agilizar o processo de atendimento às solicitações das autoridades policiais".

"Reconhecemos o papel fundamental que as informações representam nas investigações. É por isso que estamos constantemente buscando maneiras de aprimorar nossos processos e a comunicação dentro das comunidades em que operamos", disse a empresa em nota.

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