Logo R7.com
Logo do PlayPlus

'Tiraram de mim o meu maior amor', diz mãe de menino assassinado pelo próprio pai em SP

Johan, de 10 anos, foi morto pelo pai, Jhoathan Pelepenko, que tinha brigas judiciais com a mãe do garoto relacionadas à guarda

São Paulo|Isabelle Amaral*, do R7

Mãe de Johan lamenta nas redes sociais a morte do filho: 'Agora virou uma estrelinha'
Mãe de Johan lamenta nas redes sociais a morte do filho: 'Agora virou uma estrelinha'

Era quase Dia das Mães quando o filho de Ana Nijou, Johan Nijou Pelepenko, de 10 anos, foi assassinado pelo próprio pai, em um hotel da zona norte de São Paulo. "Tiraram de mim o meu maior amor, tiraram parte do meu coração. Um anjo você já era, agora virou uma estrelinha", escreveu a mãe do garoto em uma publicação nas redes sociais.

Após assassinar o filho devido a um desentendimento motivado pela guarda da criança, o ex-companheiro de Ana, Jhoathan João Pelepenko, tirou a própria vida.

Leia também

A publicação feita pela mãe do menino gerou comoção entre amigos, familiares e conhecidos, que lamentaram o caso.

"Estou despedaçada com a sua perda, que Deus te dê forças." "Que a paz alcance vocês de algum modo." "Como mãe também estou com o coração dilacerado com essa notícia." "Não tem palavras que expressem a nossa tristeza e a vontade de fazer qualquer coisa para amenizar a sua dor", relataram alguns internautas.


O ex-casal brigava na Justiça pela guarda da criança, que foi vencida por Ana. Até então, os dois dividiam a guarda do filho. Antes de cometer suicídio, o homem deixou uma carta confirmando o motivo do crime. "O sonho de seu pai morre com a mãe”, escreveu Jhoathan.

Na publicação feita na segunda-feira (9), a mãe de Johan fez um carrossel de fotos. A primeira era uma em preto e branco e informava o luto, as demais eram fotografias do menino sorrindo. "Te amarei eternamente, meu amor, meu bebê, meu Johan", finalizou.


Redes sociais do pai de Johan

Nas redes sociais do pai do menino, Jhoathan João Pelepenko, é possível notar que boa parte das publicações eram vídeos e fotos com o filho.

Público se revolta e comentam nas publicações de Jhoathan
Público se revolta e comentam nas publicações de Jhoathan

Em determinado post, Ana, a ex-companheira dele, marcou algumas pessoas para que elas a ajudassem a contatar os familiares de Jhoatan, informando que o homem estava morto e que era necessário resolver questões do enterro. "Preciso do contato da família, ele está morto em São Paulo", disse. Logo depois, ela afirma ter conseguido.


O caso

No sábado (7), Jhoathan, que morava há cerca de um ano em Santa Catarina, retornou a São Paulo dizendo que queria ver o filho e, após conversa com a ex-mulher, combinou que passaria com a criança o dia anterior ao Dia das Mães.

Feito o acordo, a mãe de Johan arrumou a mochila com os pertences do filho, para que ele pudesse estar um tempo com o pai, e o levou até o local combinado.

Horas depois de encontrar o filho, Jhoathan ligou para a ex-companheira e ameaçou matar a criança caso ela não voltasse com a guarda compartilhada.

Preocupada com as ameaças, a mulher entrou em contato com a recepção do hotel onde o ex-marido estava hospedado com Johan e pediu ao recepcionista que checasse o quarto dos familiares. Ignorada pelo funcionário, a mãe da criança acionou a Polícia Militar para averiguar as condições do filho.

A polícia foi acionada para atender a um caso que envolvia disparo de arma de fogo na rua Santa Teresa de Jesus. No local, de acordo com a corporação, as equipes localizaram a mãe de Johan, que informou que recebia ameaças do pai da criança via telefone.

Os policiais pediram ao recepcionista do hotel que entrasse em contato com o quarto dos hóspedes. Sem sucesso, os agentes se deslocaram até o dormitório e arrombaram a porta.

No aposento, os agentes encontraram as vítimas atingidas pelos disparos. Segundo a PM, o homem atirou contra o próprio filho e, em seguida, contra si. A morte da criança e do atirador foi constatada ainda no local.

Equipes da 3ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar atenderam à ocorrência. O caso foi registrado no 8° DP (Brás).

* Estagiária, sob supervisão de Fabíola Perez

Últimas


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com oAviso de Privacidade.