Todas as bebidas adulteradas no estado de SP saíam de fábrica de família no ABC, diz delegado
Metanol era fornecido por dois postos de combustíveis encontrados nesta sexta pela polícia
São Paulo|Do R7, com Estadão Conteúdo
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O delegado-geral da Polícia de São Paulo, Artur Dian, disse nesta sexta-feira (17) que todas as bebidas adulteradas no estado saíam de uma fábrica clandestina gerenciada por uma família em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.
A principal responsável pelo esquema é Vanessa Maria da Silva, que foi presa em flagrante na semana passada. “Todas as bebidas saíram do círculo familiar de Vanessa”, afirma Dian. “Esse círculo (de investigação) foi fechado. Nós temos essas comprovações”, completou. A defesa dela não foi localizada.
Os agentes chegaram até a fábrica após investigarem a morte de duas vítimas. Uma delas é Ricardo Lopes, de 54 anos, que passou mal em 12 de setembro e morreu quatro dias depois.
A outra vítima é Marcos Antônio Jorge Júnior, de 46. Ambos consumiram bebida alcoólica no Bar Torres, na Mooca, zona leste de São Paulo, já interditado pela Vigilância Sanitária.
O Bar Torres afirmou que colabora com as autoridades e que “todas as bebidas são originais, adquiridas apenas de fornecedores oficiais e com nota fiscal, garantindo procedência e confiança”.
Esquema
Segundo as investigações, o irmão, o pai e o cunhado de Vanessa também faziam parte do esquema de adulteração das bebidas. Os três também estão presos.
Eles recebiam o etanol adulterado com metanol de dois postos de combustíveis no ABC paulista. A polícia descobriu os estabelecimentos porque o núcleo familiar de Vanessa tinha relações financeiras com esses postos.
O delegado-geral aponta que ainda não foi possível estabelecer as conexões entre os casos de São Paulo e as ocorrências em outros estados. “Não temos essa correlação ainda. Estamos checando para verificar se ela vendeu para outros locais. Não podemos precisar se ela vendeu para outros estados”.
Intoxicação por metanol no país
O número de casos confirmados de intoxicação por metanol no Brasil subiu de 32 na segunda-feira, 13, para 41 na quarta-feira, 15, de acordo com o boletim do Ministério da Saúde.
As mortes por intoxicação pela substância no País subiram de cinco para oito, informou o boletim. Duas novas mortes foram registradas em Pernambuco e uma em São Paulo. Com isso, o Estado paulista chegou a seis óbitos por intoxicação por metanol.
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