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Três em cada 10 foram infectados pelo coronavírus em SP, diz estudo

Índice é consideravelmente superior entre populações mais pobres de São Paulo, com uma diferença superior a 50% aos mais ricos

São Paulo|Do R7

Número de infectados na cidade é de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas
Número de infectados na cidade é de aproximadamente 2,5 milhões de pessoas Wesley Rezende/ASI/Estadão Conteúdo - 02.02.2021

A prevalência do novo coronavírus na cidade de São Paulo atingiu 29,9% na semana do início da vacinação no país, aponta estudo divulgado nesta sexta-feira (5). Isto significa que aproximadamente três em cada dez paulistanos adultos já se infectaram com o vírus.

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A quinta fase do projeto SoroEpi, que a partir do trabalho de cinco instituições faz o monitoramento de casos da covid-19 na capital paulista, indicou um aumento de 3,7% no número de pessoas com anticorpos ao vírus, já que na quarta etapa a prevalência era de 26,2%.

Esta etapa do estudo ocorreu entre 14 e 23 de janeiro deste ano, período de início da imunização em São Paulo, com coletas de amostras de 1.194 indivíduos espalhados por 149 setores censitários da cidade.

A partir das taxas de prevalência e dos dados populacionais do município, onde vivem 8,4 milhões de adultos, a pesquisa chegou à estimativa de que aproximadamente 2,5 milhões de pessoas já se infectaram com o vírus SARS-CoV-2, que causa a doença.


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O número é consideravelmente superior em casas com quatro ou mais moradores: 33,8%. Nas residências com no máximo três pessoas, a porcentagem cai para 23,8%.


Segundo destacaram os pesquisadores, outro aumento destacado esteve entre a população jovem, na faixa etária entre 18 e 34 anos: nesta faixa, a prevalência era de 24,7% na quarta fase das pesquisas, e agora, na quinta, chegou a 33%.

Os dados apontam que a população jovem está se infectando em número crescente, ressalta a pesquisa.


Prevalência da covid em SP é maior entre mais pobres

As porcentagens de soroprevalência são substancialmente maiores entre os paulistanos de distritos mais pobres que aqueles que vivem em bairros ricos.

Segundo aponta o estudo, entre os mais pobres a prevalência é de 36,2%, enquanto nos distritos mais ricos chega a apenas 22,8% - uma diferença superior a 50%, que se repete nos recortes de raça.

Entre a população preta e parda, a porcentagem foi de 37,8%, de 23,2% entre brancos e 17,4% para amarelos e indígenas.

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