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Um motorista é pego a cada três horas no teste do bafômetro em SP 

Entre janeiro de março deste ano, a Polícia Militar aplicou 6.743 autuações em pessoas flagradas dirigindo após beber em todo o Estado

São Paulo|Kaique Dalapola, do R7

Em SP, houve 6.743 autuações no bafômetro no 1º trimestre
Em SP, houve 6.743 autuações no bafômetro no 1º trimestre Em SP, houve 6.743 autuações no bafômetro no 1º trimestre

A Polícia Militar de São Paulo aplicou 6.743 autuações em motoristas pegos nos testes de bafômetro entre janeiro e março de 2019. O número representa uma autuação a cada três horas no Estado para motoristas que estão dirigindo com mais álcool no sangue no que o permitido.

O total de autuações por bafômetro no primeiro trimestre deste ano é 38,5% maior do que o mesmo período do ano passado, quando houve 4.866 multas.

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Os dados da PM ainda mostram que houve outras 126 autuações por outros tipos de alterações na capacidade psicomotora do motorista.

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O presidente da Comissão de Direito do Trânsito da OAB-SP (Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo), advogado Rosan Coimbra, acredita que, mesmo com o aumento de autuações, “as pessoas já estão conscientes do risco que é beber e dirigir”.

“Temos visto em todos meios de comunicação a advertência e os motoristas sabem o quanto é perigoso. A parte de chamar atenção dos motoristas tem sido feita, agora eles sabem que podem causar acidentes e levar multas”, explica Coimbra.

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O enfermeiro Kenny Freitas, 33 anos, tinha consciência do risco de ser pego no teste do bafômetro, mas acredita que a lei seja rigorosa demais. “Mesmo quem bebe socialmente, sem apresentar nenhum sinal de embriaguez, cai no bafômetro”, afirma.

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Ele foi autuado e teve a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) suspensa em outubro do ano passado, após se recusar a fazer o teste. Ele afirma que estava vindo de um plantão no serviço, parou no aniversário de uma amiga e, quando estava voltando para casa, foi parado em uma blitz.

O enfermeiro afirma que, por saber do rigor, recusou a assoprar o bafômetro. “O policial disse que não iria me levar para delegacia porque eu não apresentava nenhum sinal de embriaguez, mas iria me autuar e eu precisava chamar alguém para levar o carro.”

Foi o que ele fez: chamou uma amiga para retirar o carro. Mas o enfermeiro não sabia que chegaria em sua casa uma notificação de que a habilitação foi suspensa. Um ano sem poder dirigir.

Os motoristas autuados devem pagar uma multa de R$ 2.934,70, valor dez vezes maior do que as de infrações gravíssimas. A lei ainda prevê a suspensão do direito de dirigir por um ano.

O presidente da comissão da OAB-SP afirma que as medidas “têm combatido de forma veemente os motoristas que insistem em beber e dirigir”.

Coimbra diz que “o esforço legal feito é o que basta para as pessoas serem conscientes, e as consequências para quem bebe e dirige são severas o suficiente”.

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