Um terço das mortes por armas de fogo no mês aconteceu em confrontos com policiais
Desde o dia 1º, foram registrados 67 assassinatos por arma de fogo
São Paulo|Por Fernando Mellis, do R7
Um levantamento das mortes causadas por arma de fogo na Grande São Paulo desde o início deste mês, feito pelo R7 e pela Agência Record, mostra que 33% dos homicídios de civis aconteceram em situações de confronto com policiais. Desde o dia 1º foram registrados 67 assassinatos por arma de fogo; 42% deles foram causados por indivíduos que passaram em carros ou motos e atiraram contra pessoas na rua. Em 24% dos casos, as vítimas foram encontradas mortas baleadas.
Desde o começo de outubro, a região metropolitana já registra mais de 200 mortes de civis em situações violentas. Para o delegado geral da Polícia Civil do estado, Marcos Carneiro, apesar das semelhanças entre alguns crimes é preciso investigar cada caso. Segundo ele, alguns criminosos se aproveitam da violência para tentar escapar impunes:
— São criminosos que querem aproveitar a onda [de homicídios] para matar desafetos, rivais, até para criar um clima de ‘não se sabe quem matou’.
Mortes de policiais
Paralelo ao aumento das mortes de civis, também está o crescimento do número de policiais de folga assassinados. Desde o começo do ano, a Polícia Militar registrou 90 membros da corporação mortos em ações violentas. 32 PMs da ativa foram executados, de acordo com os números.
A PM ainda acrescentou que mais de 170 criminosos envolvidos nesses crimes já foram identificados, sendo que 130 deles foram presos. O DHPP (Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa) é responsável pela investigação de 57 homicídios de policiais na capital e na Grande São Paulo. O diretor do departamento, Jorge Carlos Carrasco, afirmou que 23 deles já foram solucionados e com suspeitos presos.
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