Veja como será a volta obrigatória às aulas presenciais em São Paulo
Escolas privadas terão transição, mas estaduais retomam aula presencial na segunda. Municipais dependem de conselhos
São Paulo|Fabíola Perez, do R7
O governo de São Paulo anunciou, nesta quarta-feira (13), a retomada obrigatória das aulas nas redes estadual, municipal e privada de ensino a partir da segunda-feira (18). Com o avanço da vacinação em São Paulo, o governador João Doria (PSDB) disse que é "possível e viável" o retorno presencial às salas.
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De acordo com o secretário estadual de educação, Rossieli Soares, a partir de 18 de outubro será obrigatória a presença em sala de aula. As escolas privadas terão um prazo para se adaptar às regras. As escolas municipais deverão se adaptar de acordo com as determinações de conselhos de ensino. "Será mantido o distanciamento de 1 metro e os demais protocolos sanitários, conforme revezamento planejado pelas unidades e redes de ensino", disse o secretário.
Segundo dados da Secretaria Estadual de Educação, 97% dos profissionais de educação da rede estadual estão com o esquema vacinal completo e 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos tomaram a primeira dose da vacina.
O secretário explicou ainda que as exceções serão para gestantes e puérperas e pessoas com comorbidades com idade a partir de 12 anos que não tenham completado o ciclo vacinal contra a Covid-19. A partir de 3 de novembro, haverá obrigatoriedade de 100% de presença em salas de aula.
Rossieli Soares lembrou que pessoas sintomáticas não devem ir à escola. A aferição de temperatura deve ser realizada e em casos suspeitos ou confirmados a UBS mais próxima deve ser notificada. As salas de aulas devem estar arejadas e ventiladas. Segundo ele, a retirada de máscaras é permitida somente no momento da refeição. Os alunos devem usar a proteção mesmo nos ambientes abertos.
"A frequência às aulas tem girado entre 65% e 70% nas escolas em geral. Temos o desafio dos alunos que estão se evadindo, não indo fisicamente nem entregando as atividades. Acho um absurdo o estado brasileiro não pôr a educação como prioridade absoluta, estamos voltando e avançando em todas as áreas e a educação precisa ser prioridade", afirmou Soares.
Segundo o coordenador do Comitê Científico, Paulo Menezes, o órgão deu aval às mudanças realizadas pela educação. "O que muda na semana que vem é a obrigatoriedade da presença, não o distanciamento de 1 metro. Entendemos que com o avanço da vacinação entre adolescentes e os resultados dos indicadores é possível que a necessidade dos estudantes supere a transmissão. Estamos com praticamente todas as atividades de outros setores em andamento. É um movimento necessário a ser feito."