Resumindo a Notícia
- Pai da menina havia ido buscá-la na escola, viu a situação e tentou intervir.
- Estudantes não gostaram da atitude do homem de defender a filha e partiram para cima dele.
- Namorado foi tentar defender e também foi espancado.
- Funcionário diz que pancadaria é frequente na escola estadual Dora Peretti.
O pai e o namorado de uma aluna foram defendê-la de uma briga com uma colega e acabaram espancados em frente à Escola Estadual Professora Dora Peretti de Oliveira, localizada na rua Líbero Badaró, em Mogi das Cruzes, na quarta-feira (1°). Vídeos enviados ao R7 mostram as agressões.
De acordo com um funcionário da unidade escolar que preferiu não ser identificado, a aluna foi tirar satisfação com uma colega porque ela estaria dando em cima do seu namorado. A briga entre as duas se iniciou.
Pai da aluna foi derrubado no chão
ReproduçãoNa sequência, o namorado da menina entrou no meio para defendê-la junto com o pai, que havia ido à escola buscá-la. No entanto, os demais estudantes que acompanharam a briga não os deixaram defender a jovem. Aparentemente, segundo o funcionário, queriam que as duas meninas continuassem brigando sem o envolvimento de terceiros.
Nos vídeos, é possível ver o momento em que o pai da estudante chega a cair no chão ao ser espancado.
Nesta quinta-feira (2), a mãe de um dos jovens que aparecem agredindo o pai da aluna fez o filho pedir desculpas a ele de joelhos durante uma reunião com os envolvidos na briga.
"Essa mãe chegou até a bater no filho. O clima ficou tenso lá", contou o trabalhador da unidade.
Esse tipo de pancadaria tem sido frequente na escola, dentro e fora, segundo o funcionário. "A supervisora daqui fala que não há violência escolar, mas a gente vê direto, fazemos até vídeos para provar. Já era para terem chamado o Conselho de Educação para tratar do assunto há tempos", afirmou.
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Além da violência, há uma intensa incidência do consumo de drogas entre alunos. O funcionário conta que os estudantes consomem crack e maconha e, apesar das câmeras instaladas para monitoramento, não se sentem intimidados.
A região da escola também tem sofrido com assaltos constantes, gerando medo em professores e funcionários da unidade. "Teve um dia que um dos professores achou ter sido assaltado por um aluno", contou o funcionário.
Em nota ao R7, a Secretaria Estadual de Educação afimou que não compactua com a violência dentro ou fora das unidades, e que as escolas trabalham pela "cultura de paz e de respeito ao próximo".
"A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo não compactua com qualquer tipo de violência, dentro ou fora das unidades escolares, e preza pelo respeito entre os alunos.
As escolas seguem trabalhando a cultura de paz e de respeito ao próximo por meio das ações do Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar (Conviva-SP). Em todos os casos, os responsáveis foram chamado para uma reunião de mediação.
O caso está sendo inserido na Plataforma Conviva SP - Placon, que acompanha o registro de ocorrências escolares na rede estadual de ensino. A gestão da escola e a Diretoria de Ensino de Mogi das Cruzes estão à disposição para qualquer esclarecimento para a comunidade".